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Funcionário da Boeing trabalha na montagem de um avião Boeing 737 MAX 8 na fábrica da empresa, em 27 de março de 2019 em Renton, Washington | Foto: Stephen Brashear/Getty Images/AFP
Montagem de jato da Boeing 737 MAX 8| Foto: Stephen Brashear/Getty Images/AFP

A Boeing sinalizou na quinta-feira (12) que não espera mais que seu jato 737 Max seja certificado até o final do ano e, em vez disso, trabalhará com a Administração Federal de Aviação do Estados Unidos (FAA) para retomar os serviços da aeronave em 2020. O reconhecimento veio de uma reunião do CEO da empresa, Dennis Muilenburg, com altos funcionários da administração. "Trabalharemos com a FAA para atender suas demandas e seu cronograma, enquanto trabalhamos para devolver com segurança o Max ao serviço em 2020", disse a empresa em comunicado.

Em um e-mail enviado pouco antes da reunião, a FAA disse que não seria pressionada a acelerar o novo processo de certificação da aeronave. "O objetivo da reunião é garantir que a Boeing tenha clareza sobre as expectativas da FAA em relação à revisão em andamento", dizia o e-mail enviado aos comitês da Câmara e do Senado americanos. As casas conduzem investigações separadas sobre as circunstâncias de dois acidentes fatais com o jatos 737 Max, que mataram 346 pessoas.

"O Administrador acredita que é interesse da comunidade internacional que continuemos a progredir enquanto dispomos de tempo para acertar isso", disse ainda a FAA em referência à priorização da segurança. "Tanto a FAA quanto a Boeing devem reservar tempo para corrigir esse processo", concluiu o email.

A linguagem utilizada parece voltada a rebater declarações públicas da Boeing nos últimos meses, em que a empresa afirmava esperar que os jatos - que não saem do solo desde março em todo o mundo - voltassem a decolar até o final deste ano.

Também na quinta-feira (12), a American Airlines se tornou a primeira companhia aérea dos EUA a anunciar a retirada do 737 Max de sua operação até 7 de abril. A companhia (que possui 24 jatos 737 Max em sua frota) planejava retomar os voos com o modelo em março. Outras empresas ainda não anunciaram reavaliações de cronograma.

Nos últimos meses, a Boeing tem trabalhado para fazer correções de software no sistema da aeronave por causa de falhas que foram implicadas nos acidentes de um jato da Lion Air em outubro de 2018 e um avião da Ethiopian Airlines em março de 2019. Os investigadores acreditam que a má leitura de dados por parte do piloto automático provocou repetidas reações que tornaram impossível aos tripulantes recuperar o controle do aeronave.

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