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2 anos seguidos de queda no faturamento bruto dos jornais brasileiros, em 2009 e 2010, criaram um cenário sombrio para a mídia impressa. Em 2011 teve início uma recuperação que continuou pelo menos nos primeiros dez meses do ano passado.

3 grupos de mídia dos Estados Unidos que anunciaram resultados na semana passada tiveram aumento de receita no fim de 2012: a New York Times Company, a dona do Wall Street Journal (News Corp.) e a proprietária do USA Today (Gannett).

Números divulgados por grandes grupos de mídia dos Estados Unidos e dados preliminares disponíveis no mercado brasileiro mostram que os jornais estão dando sinais de recuperação. Os resultados financeiros alcançados pelas empresas brasileiras em 2012 ainda não estão disponíveis, mas até outubro o resultado era positivo e, aparentemente, sem indícios de alguma virada nos dois últimos meses do ano. O faturamento bruto dos jornais de janeiro a outubro cresceu 14,79% em comparação com o mesmo período de 2011, muito próximo de R$ 286 milhões.

Boa notícia depois de períodos difíceis enfrentados pela mídia impressa. Já em 2011 os jornais haviam conseguido um resultado positivo, com aumento de 7,99% no faturamento bruto. Mas antes disso os números foram desanimadores para os empresários. O último índice positivo havia sido registrado em 2008, quando o faturamento cresceu 10,98%. No ano seguinte houve queda de 11,33% e de 0,28% em 2010. Os dados são do Projeto Inter-Meios, uma iniciativa conjunta do jornal Meio & Mensagem e dos principais meios de comunicação do país.

Nos Estados Unidos, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a aposta em novas plataformas e a recuperação econômica do país deram fôlego à mídia impressa. Três de quatro grandes grupos de mídia que anunciaram resultados na semana passada tiveram aumento de receita no fim de 2012: a New York Times Company, a dona do Wall Street Journal (News Corp.) e a proprietária do USA Today (Gannett). A McClatchy, que publica jornais como o Miami Herald, manteve-se estável. No ano fechado de 2012, as donas do The New York Times e do USA Today também ampliaram a receita acima do esperado. O lucro anual da primeira também cresceu.

"Parece que o [jornalismo] impresso está se estabilizando, e a expectativa de vida hoje é maior do que a esperada há alguns anos", disse Rick Edmonds, pesquisador do Instituto Poynter especializado em mercado de mídia. "Mas é muito otimismo apostarmos que o pior já passou", advertiu, evocando o dinamismo do mercado. "Acho que faz sentido, porém, dizer que as coisas melhoraram, sobretudo em relação aos primeiros anos de crise [econômica global]. E estão melhores do que há um ou dois anos porque há mais coisas acontecendo."

Uma das "coisas acontecendo" é o uso do chamado "paywall poroso" – a cobrança para acesso ao site após um determinado número de textos lidos por mês, iniciada pelo NYT e usada também no Brasil pela Folha de S.Paulo e pela Gazeta do Povo.

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