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Airbus 320 Neo da Avianca Brasil | Divulgação/Avianca Brasil
Airbus 320 Neo da Avianca Brasil| Foto: Divulgação/Avianca Brasil

O Juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo, Tiago Henriques Papaterra Limongi, deferiu o pedido de recuperação judicial da companhia aérea Avianca Brasil e determinou que a suspensão das ações para arresto de aeronaves movidas pelos arrendadores terá validade de 30 dias, de acordo com a decisão expedida obtida pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. 

 As ações envolvem 14 aeronaves. O pedido foi apresentado na terça-feira, com uma lista de credores na qual contabilizava quase R$ 500 milhões em dívidas. A Avianca faz parte da Star Alliance, que compartilha serviços aéreos entre diversas companhias no mundo todo. Nesta quinta, a companhia apresentou uma nova lista de credores.

A Avianca foi uma das empresas aéreas que mais cresceu no último ano. A oferta de assentos em voos domésticos aumentou 10,8% nos dez primeiros meses do ano, comparativamente a igual período de 2017, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A demanda aumentou um pouco menos 9,8%, o que implicou em uma redução na taxa de ocupação dos aviões: de 85%, no ano passado, para 84,1%, neste. 

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O incremento na oferta se refletiu no aumento de participação no mercado. Atualmente, ela é a quarta, operando em 23 destinos domésticos e três internacionais. Neste ano, o share é de 13,6%, contra 12,9% no ano passado. Neste ano, ela iniciou as operações em Belém e Vitória. 

A empresa informa que opera com 47 aeronaves, mas segundo o site Airfleets.net, que monitora frotas de companhias aéreas em todo o mundo, a Avianca Brasil tem 55 aviões em operação, todos da marca Airbus (6 Airbus 318, 4 Airbus 319, 39 Airbus 320 e 6 Airbus 330). Outros 8, todos Fokker 100, estão parados. 

O grande salto da Avianca foi no mercado internacional: a participação nesse mercado cresceu de 1,9%, em 2017, para 7,0%, de acordo com dados da Anac. E, mesmo com o forte incremento, a taxa de ocupação dos aviões permaneceu praticamente estável, passando de 76,1%, no ano passado, para 76,3%, em 2018. 

Mas as demonstrações contábeis apresentadas no segundo trimestre mostram um crescimento no patrimônio líquido a descoberto (o passivo é superior ao ativo) e uma concentração de dívidas no curto prazo. Segundo a Folhapress, a empresa tinha, em junho, R$ 1,168 bilhão em dívidas com vencimento no prazo de até um ano.  

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