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Inauguração da nova fábrica da Klabin contou com a presença de autoridades, entre elas o presidente interino, Michel Temer, e o governador do Paraná, Beto Richa | Beto Barata/PR
Inauguração da nova fábrica da Klabin contou com a presença de autoridades, entre elas o presidente interino, Michel Temer, e o governador do Paraná, Beto Richa| Foto: Beto Barata/PR

Como se estivesse imune à recessão econômica do país, a fabricante de papel e celulose Klabin inaugurou oficialmente nesta terça-feira (28) uma nova planta industrial, com investimentos que somam R$ 8,5 bilhões. A unidade Puma ocupa uma área total de mais de 200 mil hectares, o equivalente a 200 campos de futebol, em Ortigueira, nos Campos Gerais do Paraná, a 250 quilômetros de Curitiba. É o maior investimento privado do estado e um dos maiores do Brasil, que contou com financiamento de R$ 3,37 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A nova fábrica deve gerar cerca de R$ 300 milhões em impostos ao ano.

Confira dados da nova fábrica da Klabin

40 mil envolvidos na construção

A construção da unidade Puma da Klabin levou 24 meses e mobilizou o trabalho de cerca de 40 mil pessoas. Atualmente, a fábrica gera 1,4 mil empregos diretos e indiretos.

Para escoar a produção, a indústria construiu um ramal ferroviário até o Porto de Paranaguá. Em abril, a Klabin fez o primeiro embarque ao exterior, de 20 mil toneladas de celulose, destinadas ao mercado chinês.

Segundo o diretor-geral da empresa, Fábio Schvartsman, a unidade deverá suprir as importações do mercado interno de papel do tipo fluff, usado para absorventes e fraldas, e de fibra de celulose longa, usada na fabricação de papéis de maior resistência e tem parte da sua produção convertida em fluff. “Este projeto é um divisor de águas para a Klabin, um projeto coringa que permite ao Brasil escolher pela substituição das importações e incrementar o PIB em R$ 1 bilhão”, calcula.

A unidade terá capacidade máxima de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose ao ano, sendo 400 mil de fibra longa (pinus) e 1,1 milhão de fibra curta (eucalipto). O executivo conta que desde o início das atividades, em março, a unidade funciona em capacidade máxima de cerca de 4.250 toneladas/dia.

De acordo com Schvartsman, o Brasil não absorverá de imediato a produção de celulose de fibra longa, já que o país possui contratos de longo prazo com fornecedores internacionais. Entretanto, a tendência é que a indústria nacional recorra ao produto.

A Klabin estuda ainda investir na compra de uma nova máquina de papel cartão, mas o executivo diz que a recessão influencia sim nessa decisão e, por isso, a empresa deve esperar o momento certo para dar continuidade aos planos de ampliar a produção. “Em algum momento isso acontecerá, mas com o atual momento da economia brasileira e mundial não temos previsão de quando construir a máquina.”

O repórter viajou a convite da Klabin.
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