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O governo conseguiu atingir em parte os objetivos traçados para o leilão realizado ontem, que vendeu energia de projetos previstos para operar apenas em 2019. O principal propósito, a venda das hidrelétricas, não foi alcançado. O pleito comercializou 2.742 MW – cerca de 2% da capacidade instalada atualmente no país –, sendo, em sua maioria, de projetos de usinas termelétricas. O volume negociado representou 9,4% do total disponibilizado no leilão.

Há poucos dias do pleito, dois de quatro empreendimentos hidrelétricos foram impedidos de participar por não terem conseguido as licenças ambientais prévias. O governo já havia adiado a realização do pleito por duas oportunidades para que as hidrelétricas ganhassem tempo e conseguissem as licenças. Porém o esforço não valeu de nada.

As únicas hidrelétricas oferecidas no pregão foram Itaocara (RJ) e Perdida 2 (TO). Ambas não conseguiram vender sua energia e agora precisarão de um novo leilão para poderem sair do papel.

A pouca energia hidrelétrica vendida foi a de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que comercializaram 23,7 MW. Segundo José Carlos Miranda, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a crise hídrica explica a frustração da venda dos projetos de usinas hidrelétricas. "Sempre trabalhamos para viabilizar os projetos hidrelétricos. Talvez essa não seja a única explicação, mas a mais provável", afirmou.

As usinas termelétricas venderam 2.303 MW, sendo 1.700 MW de fontes à gás, 294 MW a carvão e 310 MW a biomassa. Ao todo, foram 12 projetos vendidos.

O volume financeiro negociado no pleito chegou a R$ 114,5 bilhões.

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