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Leilão vai vender prédios inacabados da construtora Cidadela, em Curitiba

 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
(Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Cinco prédios inacabados da Construtora Ecora (antiga Cidadela) serão leiloados mês que vem, após a Justiça determinar que a massa falida da empresa finalize os edifícios ou derrube os esqueletos. Os imóveis são parte do Condomínio Conjunto Residencial Villa Verde, no bairro Uberaba, em Curitiba.

Construtoras e incorporadoras poderão arrematar o direito de terminar de construir os blocos dos apartamentos, já que a massa falida não tinha recursos para cumprir a decisão judicial (seja para terminar as obras ou derrubar os prédios). A falência da Cidadela foi decretada em outubro de 2006.

Dos prédios em questão – todos com 12 apartamentos – três estão apenas no esqueleto e dois nem chegaram a sair do papel. No caso dos blocos que são apenas projetos, a empresa construtora ficará com 10 dos 12 apartamentos em cada prédio e poderá vendê-los a quem quiser. Os outros dois ficarão com a massa falida da Cidadela.

Já para os prédios inacabados, o arrematante devolverá três apartamentos e ficará com os outros nove. No total, a Cidadela ficará com 13 apartamentos, que posteriormente também serão leiloados.

Valor

Estima-se que cada apartamento possa valer por volta de R$ 230 mil. Para adquirir o direito nesse tipo de leilão, inédito no estado do Paraná, o arrematante pagará apenas 1% do valor do lance dado (título simbólico).

Uma única empresa pode arrematar todos os prédios – no entanto, o edital do leilão afirma que a construtora deve ter capacidade financeira para terminar as obras.

Para o leiloeiro público oficial que realizará o pregão, Helcio Kronberg, a estratégia de entregar os imóveis e projetos às construtoras para depois receber as unidades prontas, que terão valor de mercado, é uma solução inteligente que favorece a todos. “A massa falida consegue cumprir a determinação. Para os moradores, quando as torres estiverem prontas, as despesas serão rateadas pelos 18 blocos e não só por 13”, pontua.

Falência

A empresa Construtora Cidadela teve a falência decretada em 23 de outubro de 2006, na 2ª Vara de Falências de Curitiba, mas o processo ficou suspenso até 2011, diante de vários recursos da empresa falida.

Apesar de a sentença de falência da Cidadela comentar que “as causas determinantes da falência são decorrentes da gestão administrativa e financeira da empresa”, o advogado Paulo Vinicius de Barros Martins Junior, administrador judicial da massa falida, comenta que os reais problemas de gestão ou motivos da quebra não são conhecidos.

“Nós não tivemos acesso aos detalhes porque os representantes da empresa sempre foram muito omissos com informações”, afirma o administrador .

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