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Gustavo Caetano, fundador da Samba Tech | EstácioDivulgação
Gustavo Caetano, fundador da Samba Tech| Foto: EstácioDivulgação

Vender "joguinhos de celular". Este era o coração da primeira startup criada pelo mineiro Gustavo Caetano, na época em que o "jogo da cobrinha" era o suprassumo da tecnologia. Desde então, sua estratégia de inovação se resume em acertar a hora de entrar e de sair de um negócio. Há pouco mais de um ano, uma aposta ousada: ganhar dinheiro com vídeos. Por fora do Youtube. E está dando certo. Por essas e outras Gustavo é uma espécie de "Mark Zuckerberg brasileiro".

Sua startup, a Samba Tech, figurou este ano na lista das mais promissoras do mundo. Depois de largar os joguinhos de celular, a empresa investiu em ser uma plataforma de vídeos, que tem entre seus clientes gigantes como a Globo, Record e Igreja Universal.

Sua sacada mais recente é o Samba Play, plataforma que permite a qualquer um ter seu “próprio Netflix”. Com oito meses de operação, já são mais de 280 usuários. Tem programa de anatomia, com dissecação de cadáveres; de cachorros (para os pets assistirem); de umbanda, cristianismo (de todas as religiões); de pescaria; de cavalo mangalarga. Ou seja, tem de tudo. 

"Esses caras não ganham dinheiro no YouTube com adwords, porque eles não têm volume. A gente viu que tem a oportunidade de criar a Netflix do nicho", explicou Gustavo à Gazeta do Povo, nos bastidores do evento Empreendedor do Ano da EY, em que ele foi jurado na categoria voltada para startups. 

Para o produtor de conteúdo, o funcionamento é similar ao de um canal do YouTube. Ele sobe o vídeo, cadastra, e tá feito. A diferença é que o usuário não vai entrar num grande banco de dados e digitar "pesca", por exemplo. Ele vai direto no site da FishTV e assina por R$ 14,90 ao mês. A Samba é só a tecnologia que está por trás desta mágica. 

Criar seu próprio Netflix pela Samba custa a partir de R$ 499. Outros planos têm incrementos, como um aplicativo próprio. O foco é no produtor de conteúdo pequeno. "A gente notou que as pessoas pagam para quem tem um conteúdo raro, escasso, de qualidade e relevante para o seu público. 

E aí entra a questão do timing. A primeira geração da internet não topava pagar por nada. Música, filme, era tudo de graça (ainda que isso significasse piratear). Hoje as pessoas topam pagar pela comodida. 

Inovar antes de tudo ir pelo ralo 

Quando a Samba Play foi para o ar, há oito meses, ninguém via muita alternativa ao YouTube para ganhar dinheiro com vídeos online. Este é o aspecto visionário de Gustavo: antever soluções para problemas que as pessoas já tem, mas ainda não notaram direito. 

Mas a estratégia de inovação tem um outro lado. Tão importante quanto antever tendências é saber pular do barco na hora certa. Antes da coisa afundar.

Gustavo não foi muito longe para se inspirar. Na primeira metade do século 20, seu avô fez muito dinheiro com uma fábrica de cortiça. Quando o isopor chegou no mercado, ele se recusou a admitir que a inovação era um produto melhor. Só que o novo material era mais leve e barato, e em poucos anos a cortiça foi pelo ralo. 

"Essa história eu ouvia da minha avó desde criança", e "a questão do fracasso ficou na minha cabeça desde sempre", conta Caetano, em seu livro Pense Simples, lançado em março deste ano (2017).

No livro, Caetano conta como a história da Samba Tech, como a empresa surgiu com os joguinhos para celular e fez a transição para ser a maior plataforma de hospedagem de vídeos da América Latina (com clientes como Globo, Record e SBT). Além de contar a história de empreendedores que cruzaram o seu caminho, e das teorias que embasaram tudo isso.

😱FENÔMENO KIDS💰Este rapazinho já é um dos youtubers mais famosos dos Estados Unidos.

Publicado por Vida Financeira e Emprego em Quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
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