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Hilton Menezes, fundador da Kyvo | Divulgação
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Hilton Menezes, fundador da Kyvo| Foto: Divulgação Kyvo

Com diferentes sotaques, a Kyvo nasceu para levar metodologias de inovação a grandes empresas. É uma “consultoria de inovação”, que utiliza o design como centro de seus métodos. Há pouco mais de um ano, a empresa brasileira desembarcou no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Foi o início de uma expansão global que agora chega à Europa. A empresa acaba de abrir uma filial em Lisboa, em um coworking às margens do rio Tejo. 

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A expansão europeia contou com golpe de sorte. Hilton Menezes, CEO da Kyvo, estava em um evento com startups brasileiras e da Península Ibérica quando encontrou um velho conhecido, especialista em transformação digital. Com 27 anos de experiência no mercado corporativo, Mauro Bastos ansiava por empreender. Resolveu levar a Kyvo para Portugal.

A lista de empresas que já contrataram a Kyvo para implantar processos de inovação inclui o banco Itaú, a coreana Samsung e a fabricante de materiais hidráulicos Tigre. São diferentes metodologias, baseadas no design, que se estruturam em três pilares: 

Empatia. Para desenvolver um "design centrado no usuário" é preciso se colocar no lugar do outro. Ver o mundo da forma como o outro vê. 

Colaborativo. Para criar algo, é preciso reunir profissionais de diversas áreas — não só engenheiros e tecnólogos. Assim é possível entregar um produto com maior valor para o consumidor. 

Experimentativo. Tudo deve ser testado. A criação envolve conversa, pesquisa, protótipos, todo um processo antes de colocar um produto em uma loja. 

A equipe, multidisciplinar, têm profissionais de todos os cantos do Brasil. E começou com pequenos projetos (como criar um aplicativo ou executar uma pesquisa qualitativa). Com o tempo, surgiu a oportunidade de realizar mudanças na cultura organizacional dos clientes. 

"Como a gente ensina empresas a trabalhar, precisamos que elas aprendam um pouco. Vimos a chance de criar um programa para construir uma cultura organizacional mais inovadora", conta o CEO da Kyvo, Hilton Menezes. 

O socorro que vem do Vale 

A chegada ao Vale do Silício veio da necessidade. Um projeto da Kyvo no Rio de Janeiro deu tão certo que o cliente resolveu criar três startups para tocar cada ideia de forma independente. Ao invés de continuar o programa, as empresas foram inscritas em uma aceleradora independente. 

Hilton ficou frustrado. E questionou seu cliente: "Pô, a gente trabalhou, testou o produto, fez tudo, por que colocar numa aceleradora?". Um dos porquês é que o cliente em questão tinha muitos negócios com a aceleradora, que era uma das maiores do Brasil. O outro motivo era ainda mais básico: 

"Vocês não são uma aceleradora".

Foi daí que nasceu a parceria com a GSVLabs, uma aceleradora criada em 2012, no Vale do Silício, com ambição de ser global. A iniciativa é bancada pelo fundo de venture capital GSVCapital, que tem em seu rol de investidas empresas como Spotify, Facebook e Twitter. 

A Kyvo trouxe a GSVLabs para o Brasil, para realizar "programas de inovação aberta", em que uma grande empresa se abre para inovar em conjunto com startups que já estão iniciando no mercado. 

O primeiro projeto foi com a Visa do Brasil. A Kyvo analisou mais de 600 startups e selecionou 10 para um programa que durou seis meses, sendo um deles na baía de São Francisco, na sede mundial da GSVlabs.

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