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Alexandre Rossi, o Dr. Pet, com a cachorra Estopinha | Diego VeigaDivulgação/Cão Cidadão
Alexandre Rossi, o Dr. Pet, com a cachorra Estopinha| Foto: Diego VeigaDivulgação/Cão Cidadão

Uma opção de negócio para quem ama animais. A Cão Cidadão é uma rede de adestramento, em que os franqueados trabalham "domando" os pets alheios. Não é preciso escritório, já que o serviço é feito na casa dos clientes. A marca foi fundada há 20 anos pelo zootecnista Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet, tutor da cadela Estopinha, famosa nas redes sociais. A empresa estima que o negócio pode render até R$ 12 mil por mês.

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O adestrador é como um "professor canino". Em geral, quem procura o serviço tem algum tipo de problema em casa. Um cachorro com um problema de comportamento ou um filhote que ainda não aprendeu regras básicas de convivência.

O profissional faz uma primeira visita e define o número de aulas e o tempo que será necessário para educar o pet. Em paralelo, há um trabalho de conscientização dos tutores. Já que serão eles os responsáveis pelo treinamento do animal no dia a dia. 

O prazo do adestramento é definido caso a caso. O treinamento básico, de ensinar comandos e boas maneiras, gira em torno de três meses. O programa é estabelecido em uma primeira visita, feita sem compromisso, à casa do tutor. Outro serviço é o de consultoria comportamental. 

Não é preciso ter experiência como adestrador nem formação especializada para adquirir uma unidade. Os candidatos pagam uma taxa de franquia e participam de um treinamento da própria Cão Cidadão. Ao final do período, recebem um certificado para trabalhar como adestradores e assinam o contrato da franquia. 

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Treinamento para ser adestrador

O treinamento dura de quatro a cinco meses, em média. Neste período, o candidato deve fazer uma espécie de "estágio", acompanhando o dia a dia de pelo menos 10 adestradores da rede. São 160 aulas no total, sendo um terço disso em módulos online. 

Além disso, os franqueados devem passar pelo menos 15 dias em treinamentos presenciais na sede da Cão Cidadão, em São Paulo. Alexandre Rossi, o Dr. Pet, não dá aulas, mas participa de reuniões semanais, tira dúvidas dos franqueados e mantém um grupo de estudos científicos que serve de base para a metodologia de adestramento da rede. 

Em paralelo às aulas, o adestrador precisa treinar um cão. Há uma avaliação final com o cachorro, que deve respeitar uma série de comandos e respeitar alguns critérios, conforme script pré-estabelecido. 

"Infelizmente a profissão de adestrador não é regulamentada, no Brasil", lamenta Daniel Svevo, sócio da Cão Cidadão. Como a legislação não estabelece um número mínimo de horas ou cursos obrigatórios que o profissional precisa cumprir, a rede criou suas próprias regras.

"A gente busca pessoas que, obviamente, além de serem apaixonadas por bichos, precisam de aptidão. Então a gente faz avaliações práticas, para colocar em prática a metodologia, precisa ser uma pessoa estudiosa, que goste de estudar, ter uma boa didática, uma comunicação boa. O adestrador é quase que um professor, para o cão e para a família", explica Svevo.

Custos e ganhos 

Empresa estima que franqueados lucrem, em média, R$ 6 mil por mêsKit GaionDivulgação/Cão Cidadão

O custo para adquirir uma unidade da Cão Cidadão é de R$ 9 mil. A taxa de franquia é paga em duas vezes. Metade antes do treinamento, na assinatura do pré-contrato; e a outra parte na assinatura do contrato. Esta última pode ser dividida em 12 vezes. 

Os franqueados pagam duas taxas mensais. A taxa de royalties equivale a 20% do faturamento mensal. A de propaganda, 10%. Além disso, há gastos com gasolina, celular (para contato com clientes) e petiscos para os cães. A Cão Cidadão trabalha com um modelo em que o próprio franqueado trabalha como adestrador. 

Em geral, os franqueados da Cão Cidadão são enquadrados como microempreendedores individuais, portanto recolhem um imposto mensal de R$ 52,70 (valor referente à incidência no setor de serviços, para o ano de 2018). 

A estimativa da rede é de que o faturamento chegue a R$ 9.950, numa rotina de 25 aulas semanais. Tirando os gastos, a Cão Cidadão estima um lucro de pouco mais de R$ 6 mil. Mas alguns franqueados chegam a quase dobrar este valor, segundo Daniel Svevo.

A rede trabalha num modelo georreferenciado. Cada franqueado fica responsável por uma determinada área geográfica, e atende aquela região. Os clientes que chegam pelos canais digitais da Cão Cidadão são encaminhados para o adestrador mais próximo.

Expansão 

Criada por Alexandre Rossi, em 1998, a Cão Cidadão já foi ONG, escolinha e, desde 2005, entrou para o ramo de franquias. Sempre com o objetivo de expandir a "educação canina". O negócio ficou concentrado no estado de São Paulo até 2016, quando começou a expansão nacional. 

Hoje, são mais de 90 unidades da Cão Cidadão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

O principal foco de crescimento, para 2018, é no Rio de Janeiro. A meta é multiplicar por três o número de unidades fluminenses. Atualmente são 10 no estado.

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