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A “lojinha” tradicional da Chá & Arte, no Centro de Curitiba, em uma foto antiga | Divulgação/Chá & Arte
A “lojinha” tradicional da Chá & Arte, no Centro de Curitiba, em uma foto antiga| Foto: Divulgação/Chá & Arte

A Chá & Arte surgiu na virada do século 21, como uma loja especializada em chás. Numa região movimentada, virou paisagem do Centro de Curitiba. Foi por anos uma "lojinha de rua". Agora, a marca se prepara para voos maiores. Abriu sua primeira unidade franqueada, primeiro passo para virar uma rede, e deve fechar o ano com faturamento perto da casa do milhão. O chá é um bom negócio. 

A loja abriu em 2001, muito antes das casas de grãos, produtos naturais e suplementos virarem moda. Fruto de um sonho antigo de Juliana Treis – que estava terminando a faculdade de design e ganhou até um prêmio por uma embalagem de chá – e sua mãe, Mariza, que por muitos anos teve um quiosque no Mercado Municipal de Curitiba onde vendia de tudo, inclusive chás. 

"Nós fomos pioneiras no Sul em ter uma loja especializada em chás, e a segunda do Brasil", conta Juliana. A intenção era incentivar o consumo da bebida, mas também fomentar a agricultura familiar. 

Já de início, a loja fez parceria com produtores locais. O estado do Paraná é o principal produtor de plantas medicinais do país, e atualmente responde por 90% da produção nacional (com mais de 80 espécies cultivadas). 

No começo, a Chá & Arte era só um ponto de vendas. Mas, em 2003, a empresa começou a fabricar algumas misturas que ficavam disponíveis na loja, para degustação, a pedido dos próprios consumidores. 

Hoje, estes blends próprios, sem aromatizantes e sem conservantes, são o carro-chefe da marca. A produção é anexa à loja do Centro, e hoje tem capacidade para atender, pelo menos, mais cinco unidades. Depois disso deve ser necessário expandir, calcular Juliana. 

Os primeiros passos para virar rede

Primeira loja franqueada da Chá & Arte, no Água Verde, em CuritibaMarcelo EliasDivulgação/Arte e Letra

A decisão de dar um salto no negócio da Chá & Arte veio em plena crise. Em 2015, a empresa registrou um crescimento de 63% em relação ao ano anterior. Mesmo com a recessão mais aprofundada, em 2016 o crescimento se manteve em 25%. 

Para este ano, já há projeção de aumentar em um terço o faturamento e chegar a R$ 750 mil, só com as unidades próprias, do Centro e da Vila Hauer (inaugurada em 2003). "Nós pensamos: agora é a hora de abrir franquia", conta Juliana. 

A empresa tinha tentado franquear, em 2003, mas sem sucesso. Havia muitos interessados, mas quase nenhum processo definido. Desta vez foi diferente. Com a ajuda de uma consultoria e orientações do Sebrae de da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a Chá & Arte deixou a franquia mais bem formatada para crescer com segurança. 

A primeira loja franqueada foi aberta em outubro, no Água Verde, em Curitiba. A franqueada é uma cliente antiga, que sempre sonhou em ter uma filial da Chá & Arte. Pelo menos 50 pessoas já demonstraram interesse em abrir unidades, mas a ideia é ir com calma. 

Novas inaugurações devem ficar para o ano que vem (2018), inicialmente com foco no Paraná e na região Sul. A meta é abrir 10 unidades até 2022.

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