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Thiago Stelle e Samoel Marques , sócios da Octuz: startup curitibana  surgiu em 2016 com  a proposta de assumir  e resolver problemas de consumidores com  centrais de atendimento de empresas de telefonia, instituições financeiras, companhias aéreas, entre outras. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Thiago Stelle e Samoel Marques , sócios da Octuz: startup curitibana surgiu em 2016 com a proposta de assumir e resolver problemas de consumidores com centrais de atendimento de empresas de telefonia, instituições financeiras, companhias aéreas, entre outras.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

“Um momento, por favor, você está sendo transferido para um de nossos atendentes”. Essa frase costuma provocar calafrios em muita gente que precisa resolver um problema de portabilidade com uma operadora de telefonia, cobranças indevidas de um banco ou mesmo um voo cancelado pela companhia aérea. As horas de espera e o mau atendimento são as principais barreiras de quem se vê obrigado a ligar para os serviços de atendimento ao consumidor, os SACs. Mas há uma solução. Para os consumidores que “pagam para não se incomodar”, uma startup de curitibana assume o lugar do reclamante com o objetivo de facilitar a vida de quem enfrenta transtornos com estes serviços.

Criada em 2016, a Octuz nasceu com uma proposta tentadora: assumir a burocracia e a espera por atendimento nos call centers de empresas de telefonia, companhias aéreas, e-commerces e instituições financeiras.

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“O problema é do cliente, mas um cliente com problemas também é um problema da empresa”, define Samoel Marques, um dos idealizadores e sócio da Octuz. Formado em administração pela UFPR, ele teve a ideia do negócio justamente ao amargar longas esperas tentando solucionar um problema com uma empresa de telecomunicação. “Queremos resolver todo tipo de questão das pessoas”, conta.

Até lançar a Octuz, foram várias as ligações, pesquisas e perguntas feitas por Samoel e seus sócios para entender o jeito mais fácil de trazer a solução para o cliente. “Estudamos o mercado e descobrimos quais eram as principais demandas, quais problemas estaríamos aptos a resolver e quais os dados precisaríamos das pessoas”, explica.

Busca de clientes nos canais de reclamação

Palco de muitas reclamações e insatisfações, as redes sociais foram a principal aposta para conquistar os primeiros clientes. “Entramos nos perfis de Facebook e do ReclameAqui das próprias operadoras e abordamos uma a uma as pessoas que postaram que estavam tendo algum tipo de problema ou dificuldade no atendimento”, conta. “Explicamos a proposta, contamos sobre a criação do negócio e algumas delas toparam passar para a gente os dados que precisávamos para resolver a questão.”

Até hoje, preencher um pequeno formulário — contendo dados pessoais básicos como nome, endereço e CPF — é o suficiente para a equipe, atualmente de sete pessoas, conhecer o caso e se munir de informações para representar seus clientes perante as centrais de atendimento. O contato é feito via chat, pela própria plataforma, e fica registrado no painel do cliente. Quem ainda ficar reticente em compartilhar os dados, pode optar por uma chamada coletiva entre o reclamante e a empresa.

Os planos são mensais e anuais, mas o pagamento também pode ser feito por caso solucionado, sendo debitado o valor após a resolução do problema. A resolução de um caso pontual de cobrança ou reembolso, por exemplo, custa R$ 12,90.

A confiança do consumidor na plataforma deu fôlego extra para a startup. De 2017 até o início de 2018, foram mais de 500 casos solucionados, a maioria deles envolvendo operadoras de telecomunicação. Para o decorrer deste ano, a meta é mais ousada. “O foco é fechar 10 mil casos resolvidos, oferecendo um atendimento rápido e humanizado”, diz Samoel.

Além dos consumidores finais, ainda há o desejo de expandir os serviços de resolução da Octuz para dentro da estrutura das empresas. A ideia é implementar a plataforma na central de atendimento de algumas delas. “Queremos trabalhar alinhados com essas empresas, sejam elas grandes ou pequenas, para resolver esse problema que algumas possuem, que é um atendimento aquém daquilo que o cliente está esperando”, conta Samoel.

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