A Rossi Residencial registrou lucro líquido de R$ 18,8 milhões no terceiro trimestre, queda de 41,9% sobre um ano antes, em meio a uma reestruturações de suas operações, que incluiu a redução da estimativa de lançamentos para este ano.
A companhia adotou recentemente uma estratégia para reorganizar suas operações, com foco em rentabilidade, o que incluiu a alteração das práticas contábeis adotadas desde 2009.
Com isso, a Rossi passou a figurar entre as principais dúvidas do setor, não sendo possível chegar a um consenso entre as estimativas de analistas obtidas pela Reuters, cujas projeções de lucro variaram de R$ 6,7 milhões a R$ 61 milhões para o terceiro trimestre.
Nos três meses até setembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 115 milhões, contra R$ 102 milhões um ano antes, com a margem subindo de 13,8% para 16%.
Diante do cenário mais desafiador para o setor, somado à nova estratégia adotada, a construtora e incorporadora decidiu reduzir a projeção de lançamentos em 2012 para o intervalo entre R$ 1,7 bilhão e R$ 1,9 bilhão. Antes, a estimativa era lançar entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3,2 bilhões este ano.
Ao contrário dos trimestre anteriores, a Rossi não havia divulgado prévia de vendas e lançamentos para o período.
No trimestre passado, os lançamentos somaram R$ 500 milhões - considerando apenas a participação da Rossi, sem fatia de parceiros -, 50% menores na relação anual. No ano até setembro, foram lançados R$ 1,6 bilhão, queda de 49,5% ano a ano e abaixo do piso da nova projeção traçada.
Já as vendas contratadas alcançaram R$ 616 milhões no trimestre e R$ 2,4 bilhões no ano, quedas de 43 e 20%, respectivamente, na relação anual.
A receita operacional líquida, enquanto isso, caiu 2,4% ano a ano, para R$ 721 milhões entre julho e setembro.
Por outro lado, as despesas gerais e administrativas foram reduzidas em 37% sobre um ano antes, totalizando R$ 48 milhões.
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