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A megaoperação de capitalização da Petrobras, que pode render até R$ 150 bilhões para a companhia, já está em andamento. Os investidores prioritários – que até o dia 10 de setembro tinham ações da petrolífera na carteira ou que em 2000 compraram papéis com os recursos do FGTS e os mantiveram intactos – têm até quinta-feira para manifestar interesse de subscrever mais papéis. Quem ainda não é acionista da estatal tem até o dia 22 para fazer a reserva. E mesmo quem não embarcar nesse processo tem chance de colher algum fruto. Isso porque, se for bem sucedida, a capitalização deve resultar em alta para outros papéis.

A Petrobras é a segunda ação mais representativa no Índice Bovespa, que reflete o desempenho dos 68 papéis mais negociados na BM&FBovespa. Perde apenas para a Vale. Ordinárias e nominais da Petrobras somam 12,6% do índice. "Toda mexida na bolsa, ainda mais em uma ação como essa, causa um impacto direto em todo o sistema", resume o economista Christian Luiz da Silva, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). "Se o resultado foi positivo, será positivo para todos os papéis."

Alguns, entretanto, sentirão mais essa tendência. Ações da BM&FBovespa, de empresas que prestam ou que prestarão serviços à petrolífera, além de ETFs (espécie de fundos de índices), são alguns dos ativos que, segundo especialistas em finanças pessoais, podem aproveitar-se do bom momento trazido pela capitalização. Segundo especialistas, investir nesses papéis é uma forma de apostar na Petrobras com menos risco.

"As empresas que prestarão serviços ao pré-sal, por exemplo, terão demanda garantida por um período com a exploração, dando certo ou não", argumenta Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper (ex-Ibmec São Paulo). Empresas de logística, fornecedoras de equipamentos para exploração de petróleo, sócias da Petrobras em campos do pré-sal, além das tradicionais siderúrgicas – que fornecerão aço para a construção de plataformas e outros equipamentos – são algumas dessas alternativas. Muitas dessas empresas não estão no mercado e podem entrar se a capitalização der bom resultado. Outras, como a petrolífera OGX e siderúrgicas como a Gerdau, já estão lá. "Mas, tanto na Petrobras quanto nas prestadoras de serviço, o bom desempenho da ação dependerá da capitalização, da exploração do pré-sal, do preço do barril do petróleo e diversos outros fatores", pondera Fábio Colombo, administrador de investimentos com mais de 20 de experiência no mercado.

No curtíssimo prazo, diz Fa­­biano Guasti Lima, diretor do Instituto Assaf, o impacto da capitalização será nas ações da BM&FBovespa. "É muito dinheiro, novos negócios e mais investidores." No total, a Petrobras vai inserir mais 4,3 bilhões de novas ações no mercado. "Imagine quanto a mais entrará no caixa da bolsa de taxas de corretagem, custódia e outros custos", completa Lima.

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