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O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse nesta sexta-feira que o governo pode ``mudar a política'' do Banco Central sem mudar o presidente do BC, Henrique Meirelles. Déda defendeu ``mudar o ritmo'' da queda da taxa de juros. ''É muito complicado dizer ao presidente para mudar o ministro A ou B, mas ele pode mudar essa política sem ter de mudar o presidente do Banco Central'', disse o governador petista.

A declaração reforça setores do governo que querem substituir o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua, por um nome mais afinado com a linha de crescimento prometida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

``Nem eu nem a torcida do Flamengo nem a torcida da Mangueira estamos satisfeitos; todos entendemos que deve mudar o ritmo da queda de juros'', disse Déda a jornalistas no Palácio do Planalto.

O governador petista teve uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comentou a política monetária, provocado pelos repórteres, ressalvando que não havia tratado desse tema com Lula.

Na linha do que decidiu o Diretório Nacional do PT no último sábado, o governador criticou a decisão do Copom sobre a taxa básica de juros de janeiro, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual.

``A gente vinha num embalo forte com o anúncio do PAC e a decisão do Copom deu a impressão de uma bateria desafinada'', comentou Macelo Déda.

O jornal ``Valor Econômico'' informou nesta sexta que o presidente Lula pretende confirmar a permanência de Meirelles quando anunciar o novo ministério, em março. A informação é atribuída a um ministro de Lula.

Também no tom do Diretório Nacional, de criticar a decisão do Copom sem pedir a demissão de Meirelles, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, diz que ``o balanço geral do BC é positivo''.

A demissão de Meirelles foi defendida em público apenas pelo ex-ministro José Dirceu, logo após a reunião do Copom em 24 de janeiro. Em sua página na internet, Dirceu disse na quinta-feira que Bevilaqua é ``o porta-voz do conservadorismo no BC''.

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