O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar, hoje, em Paris, que o grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia - o G-8 - não tem mais legitimidade para tratar de questões econômicas e financeiras. A declaração foi feita na sua chegada a Paris, onde permanecerá no final de semana, acompanhado da esposa, de filhos e de uma comitiva de ministros.
Lula chegou ao Aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, pouco depois das 15h. Cinco dias antes da abertura do G-8, que será realizado em Áquila, na Itália, Lula voltou a afirmar que questões sobre o sistema financeiro internacional precisam ser tratadas com a participação dos países emergentes, que integram o G-20. "O G-8, se eles (seus líderes) quiserem que continue, que continue. Mas para discutir as questões econômicas e financeiras do mundo, eu acho que o G-20 é o fórum ideal", disse.
O governo brasileiro tem feito reiteradas declarações em favor do G-20 e menosprezando a importância do G-8, mesmo que na terça-feira os chefes de Estado e de governo do Brasil, da China da Índia, da África do Sul, do México e do Egito sejam convidados da reunião na Itália.
Em meio à crise do Senado, Lula não tocou no nome do presidente da casa, nem deu margem aos jornalistas para que o questionassem sobre o escândalo e sobre as desavenças entre PT, PSDB e DEM com José Sarney.
O presidente está acompanhado em Paris pela primeira-dama, Marisa Letícia, e pelos filhos. Além da família, uma delegação de autoridades o acompanha, entre as quais os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, da Justiça, Tarso Genro, e da Cultura, João Luiz Silva Ferreira, e o assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.
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