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E195-E2 da Embraer, com capacidade para 146 passageiros| Foto: Sergio Fujiki/Embraer

A Embraer entregou nesta quinta-feira (12/9) a primeira unidade do E195-E2 à Azul, maior aeronave comercial já produzida no Brasil, que promete reduzir 15% dos custos da companhia e 25% do consumo de combustível. Com a eficiência energética, a aérea deve investir em novas rotas pelo país e oferecer wi-fi em todos os aviões a partir de janeiro.

Segundo a fabricante, 75% dos sistemas da aeronave são novos, entre eles os motores, as asas, o trem de pouso e o fly by wire, também chamado de sistema de controle por cabo elétrico.

“Aumentamos o espaço entre as poltronas em 30%, ampliamos o bagageiro da cabine e mudamos o cockpit”, afirmou John Slattery, presidente executivo da Embraer Aviação Comercial, em coletiva para lançamento do avião.

A tela de entretenimento do avião também é nova. Além de ser maior, ela é touch screen e tem melhor definição de imagem. E para quem utiliza dispositivos móveis a bordo, o avião conta com entrada USB para recarga de smartphones e tablets. “Não poderia imaginar um momento mais significativo para a Embraer em seus 50 anos do que a entrega desse avião”, disse.

A partir de janeiro, os aviões da Azul também terão wi-fi a bordo, porém o valor do serviço não foi divulgado pela companhia aérea. “Vai ser quase zero”, brincou John Rodgerson, presidente-executivo da Azul.

A previsão é que o E195-E2 da Azul realize o primeiro trecho em outubro, entre Campinas (SP) e Brasília (DF). “Vamos apresentar essa bela aeronave brasileira ao governo em Brasília”, indicou Rodgerson.

Azul espera dobrar de tamanho

De acordo com a Azul, seis a nove a nove trechos devem ser lançados ao ano graças à economia do E2, entre eles Natal (RN) a Campinas (SP). “Esperamos dobrar o número de passageiros em cinco anos, passando de 25 milhões em 2018 para 50 milhões em 2023”, prevê David Neeleman, fundador e presidente do conselho da Azul, que cresce 30% ao ano.

A frequência dos voos também deve aumentar, na avaliação de Rodgerson. “Vai haver muitos voos de negócios para Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e Confins (MG). Mas essa aeronave também pode voar para Natal (RS), Buenos Aires (Argentina) e Acre. Se você leva voos para cidades que não tinham acesso ao transporte aéreo, as pessoas viajam mais”, disse ele, destacando as oportunidades na região Norte do país.

Além da aeronave entregue nesta quinta-feira (12/9), a Azul encomendou mais 50 aviões do mesmo modelo e receberá outras cinco unidades ainda este ano. A companhia aérea espera substituir todos os E1 até 2023 — quando espera ter 46 jatos da nova linha já em operação. O investimento total foi de US$ 1,7 bilhão.

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