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Desemprego caiu em 2018 pela primeira vez em três anos | Ana Volpe/Agência Senado
Desemprego caiu em 2018 pela primeira vez em três anos| Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Mais de 3,1 milhões de pessoas estavam à procura de emprego há dois anos ou mais no final de 2018, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É uma queda de 2,3% em relação ao terceiro trimestre. 

Outros 1,9 milhão de trabalhadores procuram emprego há mais de um ano, mas menos de dois anos. A maioria dos desempregados no quarto trimestre - 5,4 milhões - estava em busca de uma vaga havia pelo menos um mês, mas menos de um ano. E 1,8 milhão tentavam achar uma oportunidade de trabalho com há menos de um mês. 

Desalento 

As estatísticas do IBGE também apontam para um recorde de 4,736 milhões de pessoas em situação de desalento - que deixam de procurar emprego por achar que não conseguiriam uma vaga, por exemplo - na média anual de 2018, 13,4% a mais que em 2017, quando havia 4,17 milhões. 

Mais de 60% da população desalentada - ou 2,87 milhões de pessoas - no País está na região Nordeste, segundo o IBGE.

O Brasil registrou um recorde de 4,736 milhões de pessoas em situação de desalento - que deixam de procurar emprego por achar que não conseguiriam uma vaga, por exemplo - na média anual de 2018, 13,4% a mais que em 2017, quando havia 4,17 milhões. 

Apenas a região Nordeste concentrava 2,867 milhões dos desalentados brasileiros no ano passado. Os Estados com maiores contingentes de pessoas em situação de desalento foram a Bahia, com 820 mil pessoas, e Maranhão, com 492 mil. 

Desemprego 

O desemprego no país caiu pela primeira vez em três anos. A taxa passou de 12,7%, em 2017, para 12,3%, no ano passado. Mas, o problema é maior nas regiões metropolitanas. Treze capitais - entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador - viram os números do desemprego crescer.

"Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população. É um desemprego metropolitano, bem maior do que no interior do país”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. 

Entre as regiões, Sudeste e Nordeste apresentaram maiores índices de desemprego no ano passado. Já o Sul teve menor taxa, seguido pelo Centro-Oeste, região onde nenhuma das capitais teve avanço do desemprego de 2017 para 2018. 

Quando a análise é feita pelas unidades federativas, dos 26 estados e DF (Distrito Federal), 18 deles apresentaram recuo dos desempregados em 2018. Amapá é o estado que teve o maior número de desempregados. Santa Catarina, o que tem a menor taxa de desemprego (6,4%).. 

Informalidade 

Apesar de, no país, o desemprego ter recuado no ano passado, isso não quer dizer que houve grande geração de empregos com carteira assinada. O crescimento de novos postos ocorreu com mais força no mercado informal. O percentual de empregados sem carteira assinada no setor privado, por exemplo, cresceu de 24,3% em 2017 para 25,4%. 

A mesma situação ocorreu com trabalhadores por conta própria, que em 2017 eram 25% e, no ano seguinte, subiu para 25,4%. “Isso revela a qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente”, disse Cimar. 

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