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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, voltou a defender o uso da taxa de juros como instrumento da política monetária e defendeu que o país somente pode ter uma meta, que é a da inflação. Meirelles está prestando contas de sua atuação no BC neste momento, durante reunião de quórum elevado da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele justificou que o fato de a inflação algumas vezes ficar abaixo do centro da meta é normal.

- É igual a eletrocardiograma: se estiver reto o cidadão já morreu - afirmou Meirelles, que neste momento ouve questionamento feito pelo presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Na avaliação do senador, existe espaço para reduções mais agressivas nas taxas de juros, uma vez que as condições macroeconômicas do país e do mundo são "bastante favoráveis".

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a autoridade monetária reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, levando-a a 13% ao ano. Nos cinco encontros anteriores, o BC a havia reduzido em 0,5 ponto percentual.

- O BC não quer correr nenhum risco, mas transfere o risco para o crescimento econômico - afirmou o senador petista.

Meirelles está acompanhado por seis diretores do BC, entre eles o diretor de política econômica, Afonso Bevilacqua, considerado por alguns políticos o mais conservador da instituição.

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