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O Banco Central não deve cumprir a meta de inflação em 2015 e também em 2016, segundo as mais recentes projeções de economistas consultados pela própria autoridade monetária na pesquisa semanal Focus, que também passaram a indicar uma taxa de juros mais elevada no próximo ano.

De acordo com o levantamento, a expectativa é de alta do IPCA em 2016 a 6,64%, 0,14 ponto percentual a mais sobre a semana anterior. Para 2015, as contas do indicador também pioraram, com avanço de 10,33%, sobre 10,04%.

Para ambos os anos, a meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em caso de descumprimento da meta, o BC é obrigado a fazer explicações públicas.

O cenário de inflação mais pesado veio mesmo com os economistas consultados piorando suas projeções para a taxa básica de juros. De acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, a expectativa para a Selic no final de 2016 subiu a 13,75%, sobre 13,25% na semana anterior.

Entretanto, não houve alterações na perspectiva de que a taxa será mantida nos atuais 14,25% na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a última do ano.

O Focus mostrou ainda que as expectativas para a alta dos preços administrados aumentou 0,43 ponto percentual em 2015, a 17,43%, porém para 2016 não houve alteração na projeção de avanço de 7%.

Em novembro, o IPCA-15 acelerou a alta a 0,85% e o avanço chegou a 10,28% em 12 meses, ultrapassando o patamar de 10% no acumulado em 12 meses pela primeira vez em 12 anos.

O cenário para a economia também voltou a piorar e a pesquisa com uma centena de economistas mostra que agora a expectativa de contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 é de 3,15%, contra queda de 3,1% antes.

Já a projeção para a retração econômica em 2016 foi ajustada para 2,01%, ante 2%.

Por sua vez, a projeção de contração da produção industrial para este ano chegou a 7,5%, contra queda de 7,4% na pesquisa anterior. Por outro lado, para 2016 a retração do setor passou a ser estimada em 2%, contra recuo de 2,15% antes.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) --espécie de sinalizador do PIB-- apontou que a economia brasileira encerrou o terceiro trimestre com contração de 1,41%, o quarto seguido de perdas num cenário de profunda recessão, inflação em alta e incertezas políticas e fiscais.

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