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A bolsa de valores de Nova York
Bolsa de valores de Nova York| Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Os EUA estão começando a superar a China na guerra comercial, pelo menos nos mercados financeiros. Os títulos do Tesouro americano mantiveram patamares neste ano, o dólar continua forte, apesar de três cortes na taxa de juros e as ações dos EUA estão registrando uma série de recordes. Enquanto isso, as ações chinesas, o yuan e os títulos do governo do país lutaram recentemente para encontrar impulso.

A venda de ações acelerou nesta sexta-feira (29), quando uma queda repentina das ações de Hong Kong se espalhou pelo mercado continental, onde os investidores obtiveram lucros em favoritos, como a fabricante de bebidas Kweichow Moutai Co. O desempenho superior foi especialmente notável nos últimos meses, com o índice S&P 500 sendo negociado no seu nível mais caro já visto em relação ao Shanghai Composite Index.

O cenário destaca as forças divergentes que sustentam o sentimento nos mercados financeiros dos países: a inclinação do Federal Reserve a uma postura classificada como "dovish" (mais favorável a taxas de juros mais baixas e menor preocupação com a inflação) no ano passado apoiou o sentimento de risco nos EUA, cuja economia se manteve melhor do que o previsto. Na China, o banco central manteve sua abordagem prudente ao estímulo, apesar de uma série de dados econômicos decepcionantes. As consequências incluem aumento do estresse financeiro e a expansão do crescimento econômico ao ritmo mais lento desde o início dos anos 1990.

"O mercado de ações dos EUA tem sido muito forte, enquanto o ímpeto das ações chinesas visto no início do ano diminuiu", disse Gerry Alfonso, diretor executivo do departamento de negócios internacionais do Shenwan Hongyuan Group Co. "A desaceleração da China afetou o sentimento do investidor ainda mais do que os desenvolvimentos na frente comercial".

Em agosto, os benchmarks de ações dos EUA e da China foram os mais correlacionados em quatro anos. Mas esse relacionamento evaporou, com o S&P 500 subindo 7,2% desde 30 de junho, enquanto o Shanghai Composite perdeu 3,6%. "Os investidores globais veem uma guerra comercial que leva a um maior risco de investimento na China" e em mercados emergentes do que nos EUA, disse Hyde Chen, analista de ações da UBS Wealth Management em Hong Kong. "As ações dos EUA se saíram melhor porque a economia da Ásia como um todo sofre mais com o impacto comercial".

Conteúdo editado por:Cristina Seciuk
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