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O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse nesta sexta-feira (6) que viajará à Itália, com a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 20 de janeiro, para reunir-se com o chefe do governo italiano, Mario Monti.

Sarkozy, que se reuniu no Palácio do Eliseu com Monti, afirmou que Paris e Roma estão em perfeita sintonia com relação ao futuro da Europa e sobre a forma de resolver a crise de confiança no coração da zona do euro.

O presidente francês felicitou nesta sexta-feira a coragem, a competência e as decisões extremamente rápidas tomadas por Monti e seu governo.

"Temos tratado da situação da zona do euro e de todas os termos das reformas desde o último conselho europeu", de 8 e 9 de dezembro, disse Sarkozy.

Para Sarkozy, a crise da confiança também deve ser enfrentada por todas as instituições europeias para assumir suas responsabilidades, assim como cada Estado da zona do euro teve que fazer.

"Cremos no euro, cremos na Europa. Agora cada um deve tomar as decisões que se impõem".

Por sua parte, Mario Monti considerou "importante alcançar um acordo quando se trata de intervir a favor do interesse da União Europeia e da zona do euro em particular".

"É importante que cada Estado membro faça o que precisa ser feito para adotar as medidas de consolidação fiscal e para introduzir as reformas necessárias", disse.

"O encontro de 20 de janeiro será muito importante para a reunião do Eurogrupo (os ministros de Finanças da zona do euro) de 23 de janeiro, e do Conselho Europeu de 30 de janeiro próximo", afirmou Monti.

Ainda nessa sexta-feira, Sarkozy afirmou que a França não esperará por seus demais sócios europeus para introduzir uma taxa às transações financeiras, mas não anunciou uma data. "A introduziremos porque cremos nela", disse Sarkozy.

Segundo o governo francês, é inaceitável que as transações financeiras sejam as únicas exoneradas de pagar impostos.

Ao mesmo tempo, Berlim anunciou que a Alemanha quer uma solução europeia sobre a imposição dessa taxa.

"A posição da Alemanha não mudou (...), o objetivo é a instauração de um imposto sobre transações financeiras na UE", disse Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, ao ser questionado pela posição anunciada por Paris.

Ante o próximo encontro de segunda-feira em Berlim entre a chanceler, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, Seibert recordou que em dezembro o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, explicou que Alemanha e França queriam "acelerar" a situação nas primeiras semanas ou meses de 2012 na UE.

"É nosso objetivo. É preciso que a situação seja esclarecida, disse o porta-voz alemão.

A Comissão Europeia apresentou ao final de setembro uma proposta de imposto que se aplicaria a partir de 2014 e que permitiria a arrecadação de até 55.000 milhões de euros por ano.

Já Monti afirmou em Paris que é "necessário" que os países europeus não apliquem sozinhos a taxa sobre as transações financeiras.

"Meu governo fez uma abertura com relação à taxa das transações financeiras" e é "um elemento de convergência no qual estamos trabalhando", disse à imprensa Monti, ao sair de um almoço com o ministro de Finanças, François Fillon, à Matignon. "Evidentemente, é preciso que os países não apliquem sozinhos essa taxa", disse.

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