Metade dos comerciantes paranaenses espera que o faturamento do comércio entre julho e dezembro deste ano seja maior do que o acumulado no segundo semestre de 2013, mostrou uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) e divulgada nesta quarta-feira (16).
Segundo revela o resultado do levantamento, empresários do setor de serviços são os mais otimistas: 57% deles acredita que o lucro no período será superior. Já dos comerciantes varejistas a porcentagem que vê com bons olhos o desempenho é de 46%.
A Fecomércio ressalta que o otimismo dos empresários de todo o estado vem apresentando quedas desde 2009. Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, o fato se explica, principalmente, pela situação econômica e política do país. Além disso, o ritmo mais fraco de crescimento das vendas no acumulado do ano demonstra que o varejo paranaense ainda não engrenou, o que têm influenciado negativamente a satisfação com as condições atuais e reflete nas expectativas para os próximos meses. Ainda assim, a tendência é que a expectativa dos empresários melhore até o Natal a melhor época para as vendas.
Da outra metade dos comerciantes que não prevê um futuro muito bom para o setor no Paraná, 27% ainda vê como incerto o desempenho dos negócios nos próximos. Já 19% acredita que a empresa passará por um momento desfavorável, enquanto outros 4% estão indiferentes e acham que não haverá alterações.
Emprego
O nível de empregos no comércio deve permanecer estável, inclusive com tendência de ampliação mostra a pesquisa. Tal fato é deduzido porque 66% das empresas disseram que pretendem manter o quadro de funcionários no próximo semestre, e 16% planejam aumentar o número de colaboradores. Apenas 13% reduzirá o quadro funcional. 5% ainda não sabe qual medida vai tomar até o final do ano.
Dificuldades
Dentre os fatores que dificultam a atividade empresarial foram citados a alta carga tributária (20%), o aumento da inflação (15%) e o esgotamento da capacidade de compra do consumidor (13%). A falta de mão de obra qualificada também foi mencionada por 8% dos empresários como uma das dificuldades para os negócios.
Mesmo assim, 52% dos empresários planeja realizar novos investimentos. As principais áreas beneficiadas serão instalações (18%), equipamentos (17%), capacitação dos colaboradores (15%), propaganda (13%) e novas linhas de produtos (11%).
Dados regionais
Os dados regionais novidade a partir desta 26ª edição da Pesquisa de Opinião da Fecomércio PR mostram que os comerciantes de Curitiba e Região Metropolitana são os mais otimistas do estado, com 54% das respostas favoráveis, 23% indefinidas, 19% desfavoráveis e 4% indiferentes.
Na região de Londrina, 49% dos empresários têm perspectivas positivas quanto às vendas. Do restante, 32% estão indecisos, 11% são desfavoráveis e 8% indiferentes.
Em Maringá, 42% projetam os próximos meses sob um prisma favorável, 32% estão pessimistas e 26% não possuem opinião formada.
Em Ponta Grossa e municípios dos Campos Gerais o segundo semestre será favorável para 49% dos entrevistados, indefinido para 26%, desfavorável para 19% e indiferente para 6%.
Já na região Oeste, 48% dos comerciantes estão confiantes, 30% estão hesitantes, 18% têm uma visão negativa e 4% são indiferentes.
Metodologia
A pesquisa ouviu 320 empresários dos ramos de autopeças, calçados, concessionárias de veículos, farmácias, material de construção, móveis, decorações e utilidades domésticas, turismo e tecnologia da informação, entre outros, no período de 24 de junho a 11 de julho.
