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No Paraná, houve acordo na Volvo e Renault; Volks segue em greve

Os cinco mil metalúrgicos da unidade da Renault de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, e os 2,6 mil trabalhadores da fábrica da Volvo na Cidade Industrial de Curitiba decidiram encerrar a greve nas duas empresas na manhã desta quarta-feira (16). Na Volvo, a paralisação durou um dia, enquanto os funcionários da montadora francesa ficaram de braços cruzados por 12 dias. Já na Volkswagen, também em São José dos Pinhais, uma assembleia dos empregados decidiu pela manutenção da greve, que entra nesta quarta-feira no 11º dia útil de paralisação.

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Após entrar em greve na segunda-feira, os metalúrgicos da Toyota (Indaiatuba, SP) e da Honda (Sumaré, SP) conseguiram 10% de reajuste salarial, um índice acima do obtido pelos trabalhadores de montadoras da região do grande ABC. Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, a proposta do Sindicato dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) foi aceita na terça-feira (15) à noite.

Os 10% de reajuste salarial representam variação de 4,44% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de 5,32% de aumento real. Os funcionários que recebem acima do teto de R$ 7.833,00 terão reajuste de 50% do INPC. O piso salarial será de R$ 1.275,00.

Por outro lado, os trabalhadores da fábrica da Mercedes-Benz, em Campinas (SP), rejeitaram a proposta do Sinfavea de correção salarial de 6,53% (4,44% mais 2% de aumento real), além de um abono de R$ 1.500,00. Essa é a mesma proposta apresentada pelas montadoras aos metalúrgicos que atuam na região do grande ABC e que foi aceita. "O Sinfavea será comunicado sobre a rejeição da proposta e, caso não melhore a proposta econômica, os trabalhadores da Mercedes-Benz poderão entrar em greve", alertam os sindicalistas, em nota.

No ramo de autopeças, ocorre uma paralisação na Mahle, que fabrica polias e engrenagens para montadoras e está instalada em Indaiatuba. Dos cerca de 480 trabalhadores da fabricante, cerca de 300 que atuam no primeiro e no terceiro turnos estão parados. A assembleia dos metalúrgicos que fazem o segundo turno acontecerá às 14 horas desta quarta-feira (16).

Região do ABCMais de três mil metalúrgicos de oito empresas do ABC, muitas de autopeças, pararam a produção do turno da manhã hoje, para reivindicar aumento real de salário. Trabalhadores na Toledo, Kostal, Serra Bucher e Selco (em São Bernardo, SP), Delta, Brasmeck e Legas Metal (Diadema) e Faparmas (Ribeirão Pires) darão continuidade às mobilizações da campanha salarial dos metalúrgicos

No fim de semana passado, os metalúrgicos das montadoras do grande ABC aprovaram a proposta de reajuste salarial feita pelas montadoras associadas ao Sinfavea. Ficou acertado que o abono de R$ 1,5 mil será pago em 25 de setembro. Já o porcentual de reajuste, de 6,53%, equivale a uma variação de 4,44% do INPC no acumulado de 1º de setembro de 2008 a 31 de agosto de 2009, mais 2% de aumento real. Os trabalhadores dos demais grupos do setor metalúrgico, entre eles autopeças, continuam a se mobilizar.

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