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Foi aprovada em assembléia na noite de ontem a proposta de reajuste salarial para os metalúrgicos de Curitiba e região, oferecida pelo Sindicado da Indústria Metal Mecânica do Paraná (Sindimetal/PR), que representa cerca de 3,6 mil empresas do setor no estado. Aproximadamente 8 mil trabalhadores aceitaram fechar acordo com as empresas e receberão 5% de aumento em fevereiro de 2007, abono de 14% do valor do salário, a ser pago em três vezes, além de elevação de 7% no piso salarial. Com a aprovação, falta apenas a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho pelas duas entidades sindicais – o Sindimetal/PR e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). A proposta foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho, a pedido do sindicato patronal, uma vez que o SMC rompeu as negociações com o Sindimetal.

O reajuste colocado ontem em votação, no entanto, só vale para cerca de 8 mil trabalhadores, já que os outros 27 mil já foram beneficiados com 93 acordos fechados diretamente com as empresas, fruto do chamado "arrastão de greves" promovido pelo SMC nas últimas semanas. A campanha salarial promovida pela entidade começou há cerca de um mês. A data-base para reajuste da categoria é o dia 1.º de dezembro.

Em nota divulgada à imprensa, o presidente do SMC, Sérgio Butka, afirmou que a convenção não põe fim à tentativa de fechar novos acordos. "Mesmo com essa proposta de conciliação sendo aceita, o Sindicato vai continuar lutando onde o trabalhador estiver mobilizado, em busca de acordos coletivos de trabalho que oferecem condições melhores que as da convenção", afirmou.

Assim, o impasse entre o SMC e o sindicato patronal pode ainda não ter chegado ao fim. O presidente do Sindimetal/PR, Roberto Karam, diz que os trabalhadores podem, sim, reivindicar itens que não constam da convenção, como cestas básicas ou Participação nos Lucros e Resultados (PLR). "Mas ir na empresa e tentar mudar aquilo que está assinado na convenção nós estranhamos muito. Se for assim, qual é a validade da convenção assinada?", questiona Karam. O presidente do SMC, Sérgio Butka, não foi encontrado para comentar o assunto.

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