A fabricante francesa de pneus Michelin anunciou nesta sexta-feira prejuízo menor que o esperado no primeiro semestre. A companhia informou que, embora os estoques da indústria estejam retornando aos níveis normais, ainda é muito cedo para falar em uma recuperação.
O grupo informou que está "comprometido" com geração de fluxo de caixa positivo na segunda metade do ano, após alcançar 575 milhões de euros no primeiro semestre.
A Michelin divulgou prejuízo líquido de 119 milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, enquanto a estimativa média obtida junto a 11 analistas era de 255 milhões de euros, contra 430 milhões no mesmo período do ano passado. A companhia afirmou que o prejuízo refletiu altos custos de reestruturação.
"Com relação ao ambiente de negócios, os estoques agora retornaram aos níveis normais, mas não ao volume em que podemos falar numa melhora real", disse o presidente-executivo, Michel Rollier, em um comunicado.
Rollier afirmou em junho que não enxergava uma recuperação no mercado global de pneus antes da metade ao final de 2010.
Em fevereiro, quando o grupo apresentou o resultado anual, o executivo disse que os mercados de pneus começariam a se fortalecer no segundo semestre.
O grupo, que teve que cortar as horas de trabalho e produção para lidar com o colapso das vendas, manterá os esforços nos próximos meses, mas "o declínio nos preços da matéria-prima deve sustentar as margens do segundo semestre", afirmou Rollier.
A Michelin, que compete com a alemã Continental e a japonesa Bridgestone, atingiu uma margem operacional de 4 por cento na primeira metade do ano, com um lucro operacional antes de itens não recorrentes de 282 milhões de euros, ante expectativa de 100 milhões em uma pesquisa conduzida pela própria companhia.
O faturamento despencou 13,4 por cento, para 7,134 bilhões de euros no primeiro semestre. Seis analistas consultados pela Reuters previam, em média, que as vendas alcançassem 7,236 bilhões de euros.
As vendas unitárias afundaram 23 por cento, conforme a demanda por pneus diminuiu em todos os mercados, exceto na China, informou a Michelin.
O grupo francês reduziu dívida líquida em 10,7 por cento, para 3,818 bilhões de euros no final do primeiro semestre.
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