O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta quarta-feira que o impacto da taxação de investimentos estrangeiros sobre a cotação do câmbio será apenas transitório e que a medida tem efeito "mais arrecadatório".
"Não vejo que essa taxação possa ter muito efeito para melhorar a condição do exportador", afirmou Miguel Jorge a jornalistas ao chegar ao Ministério da Fazenda para uma reunião com empresários.
Os investimentos estrangeiros em renda fixa e ações passaram a ser taxados com alíquota de 2 por cento de IOF na terça-feira. Ao divulgar a medida, no início da semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que ela visava conter a valorização do real e não aumentar a arrecadação federal.
Para Miguel Jorge, a taxação teria mais efeito se a alíquota fosse superior a 2 por cento. "Mas seria um tiro no pé", disse o ministro, acrescentando que isso prejudicaria o fluxo de recursos para investimentos.
O dólar fechou a terça-feira em alta de 2,1 por cento, mas já voltava a cair nesta sessão. Perto do fechamento, a moeda norte-americana recuava 1,4 por cento, para 1,724 real.
Questionado por jornalistas se o dólar deve voltar a patamares vistos antes da edição da taxação em um prazo de seis meses, Miguel Jorge afirmou que "pode ser antes disso".
"O efeito é mais arrecadatório", acrescentou. "No longo prazo, você consegue melhores resultados com desonerações e melhorias de eficiência e inovação."
Segundo a Receita, a nova taxação deve gerar uma arrecadação adicional de 4 bilhões de reais por ano em IOF.
-
Jurisprudência contra campanha antecipada foi endurecida para Bolsonaro, mas não deve afetar Lula
-
De Neymar a dona Ieda: conheça histórias de heróis sem farda em meio à tragédia no RS
-
Cemaden alerta para risco “muito alto” de inundações no Rio Grande do Sul neste domingo
-
Paranoia e objetivos políticos: a eterna ofensiva anticorrupção de Xi Jinping
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião