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Às vésperas do período de plantio da safra de grãos 2008/09, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu que há um problema de crédito para o setor agrícola. Segundo ele, esse problema ficou claro durante visita que fez nos últimos dias à Região Nordeste do País. Stephanes informou, ainda, que os produtores do Centro-Oeste também reclamam da falta de crédito para a safra. "Os empréstimos estão um pouco abaixo do que foi liberado no mesmo período do ano passado", observou.

Segundo ele, os Ministérios da Agricultura e da Fazenda e o Banco do Brasil, principal agente do agronegócio, estão analisando o quadro. Stephanes disse que conversou com representantes do Banco do Brasil e que pediu "agilidade" na liberação de recursos por parte do banco. Ele também afirmou que pediu agilidade da instituição no processo para renegociação das dívidas rurais, que está prevista na Lei 11.775/08. "Parte dos recursos está bloqueada por conta do processo de renegociação", disse o ministro.

O ministro salientou que as medidas anunciadas ontem (24) pelo Banco Central, principalmente quanto à liberação de compulsórios, darão mais liquidez aos bancos privados que também financiam a atividade agrícola.

Indexador

O ministro da Agricultura que não há motivos para a derrubada da Selic como indexador dos contratos rurais inscritos na dívida ativa na União. Na semana passada, o governo sancionou o projeto de conversão da Medida Provisória 432 e vetou a alteração feita pela Câmara dos Deputados, e mantida pelo Senado, que previa troca da Selic pela TJLP como indexador destas dividas.

Na opinião de Stephanes, não há porque derrubar o veto, já que por dez meses o governo negociou o texto da medida provisória com a bancada ruralista.

Alimentos

Segundo Reinhold Stephanes, os fundamentos devem evitar quedas acentuadas nos preços dos alimentos no mercado internacional. Ele garantiu que a relação entre estoques, produção e demanda evitará que os preços da matérias-primas (commodities) tenham forte queda. "A prática tem mostrado isso", disse o ministro, lembrando que os preços das commodities agrícolas têm flutuado nos últimos dias, acompanhando a variação do dólar.

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