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Pedido de quebra do sigilo bancário do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recebeu um voto favorável no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, mas a discussão foi interrompida após maus um pedido de vista.

O ministro Joaquim Barbosa contrariou o voto do relator do processo, Marco Aurélio Mello, e avaliou que está comprovada a necessidade da medida requerida pelo Ministério Público Federal.

"Não vejo... a obrigatoriedade de só levá-la a efeito, após a análise do resultado das demais diligências, das quais independe", afirmou Barbosa, segundo o site do STF.

"Não se trata, portanto, devassa, como quer fazer crer a parte agravada, pois existem indícios concretos que apontam para a necessidade do fornecimento dos dados requeridos pelo procurador-geral da República."

O Supremo julga pedido do Ministério Público para estender a quebra do sigilo a duas contas bancárias de Meirelles --no âmbito do inquérito que investiga supostos crimes praticados pelo presidente do BC contra o sistema financeiro e de evasão de divisas.

Em agosto do ano passado, Marco Aurélio indeferiu o pedido de quebra do sigilo bancário do presidente do Banco Central. O ministro argumentou que já seriam suficientes para o processo os extratos bancários que foram apresentados por Meirelles.

O placar, até o momento, é de dois votos contra a quebra de sigilo e um a favor. Além de Marco Aurélio, o ministro Eros Grau também votou contra o pedido.

O julgamento será retomado quando o ministro Ricardo Lewandowski, autor do pedido de vista desta quinta-feira, levar seu voto ao plenário.

Há quase um ano, o STF deu sinal verde para a investigação e, com a conclusão das diligências, caberá ao procurador-geral da República denunciar Meirelles ou pedir o arquivamento do processo.

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