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Acionistas minoritários da OGX (atual OGPar) entraram na última quinta-feira (20) com uma ação civil pública na Justiça do Rio contra Eike Batista por prejuízos patrimoniais e danos materiais. A ação foi movida pela Associação dos Investidores Minoritários e engloba casos de 80 minoritários que perderam dinheiro com a petroleira do grupo EBX.

Segundo a petição inicial da ação, Eike teria inundado o mercado com informações positivas sobre a OGX, o que teria induzido os minoritários a manterem suas posições ou até aumentá-las. A ação cita entrevistas à imprensa em que o empresário dizia que seria o homem mais rico do mundo até 2016 e que os campos da OGX teriam “um trilhão de barris de petróleo”.

Os minoritários alegam que Eike continuou com o tom “inexplicavelmente otimista” mesmo depois de os testes da OGX e também os relatórios da certificadora DeGolyer and MacNaughton terem apontado que as reservas da empresa eram menores que as inicialmente foram estimadas. A empresa, segundo os minoritários, já estaria “condenada ao fracasso” desde o início de 2011, mas seu acionista controlador não teria informado isso ao mercado.

O processo corre na 7ª vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio. A ação não informa informa o valor do prejuízo dos minoritários. Caberá ao juízo determinar, caso entenda que Eike tenha sido responsável, o prejuízo causado aos minoritários. O empresário terá 15 dias para apresentar contestação.

A Folha não conseguiu falar com o advogado que representa Eike Batista.

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