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comércio exterior

Modelos devem começar a faltar em um mês

O presidente da Abeiva (associação de importadoras de veículos), José Luiz Gandini, diz que a partir das próximas semanas alguns modelos devem começar a faltar. "É correta a decisão do governo. Mas não se pode afetar empresas, que, no conjunto, recolherão mais de R$ 5 bilhões de impostos. São 27 mil brasileiros empregados", argumenta.

Gandini diz que as importadoras asiáticas podem começar a ter problemas de abastecimento em um mês. "Demora em média 30 dias para os carros chegarem ao país. E não podemos deixar navios parados em portos espalhados pelo mundo sem saber em quanto tempo o governo começará a liberar", diz.

De acordo com o jornal argentino Clarín, até o momento as restrições do governo afetaram o envio de três montadoras para o Brasil: Toyota, General Motors e Mercedes Benz. O jornal afirma, porém, que há vários navios, com automóveis de outras marcas com instalações na Argentina, a caminho de portos no Paraná e no Rio. Segundo a Ad­­ministração dos Portos de Pa­­ra­naguá e Antonina (Appa), as medidas do governo ainda não causaram nenhum atraso no porto.

Repercussão

Fiesp e CNI apoiaram a decisão do governo. "É uma questão de proteger, de dar isonomia para a indústria brasileira", disse Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp, o Brasil já foi "bastante tolerante".

Já a Câmara de Exportadores da República Argentina (Cera) criticou os países sócios do Mercosul pelo não cumprimento das normas do bloco regional e pela adoção de barreiras recíprocas contra o comércio. "O laudo n.º 1 de 1999 do Tribunal ad-hoc do Mercosul estabeleceu que as licenças não automáticas estão proibidas no comércio entre os Estados Parte do Tratado de Assunção", disse o presidente da Cera, Enrique Mantilla, referindo-se ao documento que criou o bloco regional.

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