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Fábrica da Mondelez em Curitiba emprega mais de 3 mil funcionários . Além da fábrica, a companhia também, no Paraná, possui um centro de distribuição localizado em Araucária | Mondelez International/
Fábrica da Mondelez em Curitiba emprega mais de 3 mil funcionários . Além da fábrica, a companhia também, no Paraná, possui um centro de distribuição localizado em Araucária| Foto: Mondelez International/

A Mondelez, multinacional do ramo de chocolates e snacks dona de marcas como Oreo, Lacta, Trident, Tang, entre outras, está ampliando o leque de produtos feitos na fábrica de Curitiba, desta vez com foco na exportação. Uma linha exclusiva de chocolates Oreo será produzida na capital paranaense e exportada para o México.

Serão quatro novos produtos: uma bolinha coberta com chocolate, recheada com creme e pedaços de biscoitos Oreo; uma barra de chocolate recheada com creme e pedaços de biscoitos Oreo; e duas versões de barras, uma com chocolate branco, outra com chocolate ao leite, ambas recheadas com pedaços do biscoito. Por enquanto, não há previsão para a entrada destes snacks no mercado brasileiro.

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Este movimento marca a entrada da empresa com a categoria ‘Chocolates’ no México, onde já eram comercializadas as marcas Trident, Halls e os biscoitos Oreo. A expectativa da empresa é impulsionar o mercado de chocolates naquele país, que consome bem menos que os brasileiros – em um ano, um mexicano consome 600 g, enquanto um brasileiro chega a consumir 2 kg.

Além disso, dados da Euromonitor mostram que a categoria Chocolate alcançou um valor de cerca de U$ 1 bilhão em 2017, com expectativa de crescimento de mais 17% nos próximos anos. “Isso significa que existe um grande mercado com potencial a ser explorado”, afirma Flavio Ackel, diretor de Inovação em Chocolate para Mondelēz International na América Latina.

Outra característica do mercado mexicano que animou a companhia foi a de que mais da metade das vendas de chocolates por lá correspondem ao segmento de impulso, que exige formatos especiais para giro rápido dos produtos. “Como já temos uma história de sucesso e expertise em formatos como esse, como por exemplo os produtos Sonho de Valsa e Ouro Branco, estamos usando essa experiência para estimular o crescimento da categoria na América Latina”, conta Ackel.

Reforço no time

Para garantir a nova operação, a Mondelez reforçou seu time e contratou novos funcionários que ficarão alocados no México, atuando em diferentes áreas como distribuição, logística e marketing.

A categoria ‘Chocolate’ é responsável por 31,3% do lucro líquido da Mondelēz International em 2017. No ano passado, a receita anual mundial foi de US$ 26 bilhões. A empresa não revela qual a participação do mercado brasileiro nos resultados.

Para 2018, Ackel conta que a companhia está focada no investimento e crescimento de suas marcas líderes e destaca a reformulação da linha Bis, com mais chocolate, e lançamento do Bis Black, com sabor mais intenso, e novidades como a linha Lacta Criações Fantásticas, com sabores inovadores como geleia de morango com baunilha e amendoim, e caramelo salgado com coco.

Fábricas mais concentradas e centros de inovação

Em março deste ano, a Mondelez anunciou o fechamento gradual de duas de suas fábricas, localizadas em Bauru e Piracicaba, ambas em São Paulo. Este processo ainda está em andamento e deve ser concluído no final de 2018.

Com isso, as plantas de Curitiba e Vitória de Santo Antão (PE) passaram a dividir a produção. A sede curitibana ficou responsável pela produção de gomas e balas, chocolates, bebidas em pó, sobremesas e do cream cheese – as marcas Trident, Halls, Milka, Lacta, Bis, Sonho de Valsa, Tang e Philadelphia são algumas das produzidas no Paraná. Já na planta pernambucana, são fabricados biscoitos e chocolates.

Segundo a empresa, houve grandes investimentos nas duas fábricas e só em Curitiba, nos últimos três anos, foram investidos U$ 180 milhões em tecnologias, inovação e estrutura. Além disso, a planta paranaense foi selecionada para receber parte de um aporte mundial de US$ 65 milhões destinados à criação de nove centros técnicos de mercados desenvolvidos e emergentes.

Estes cetros técnicos permitem recrutar, reter e desenvolver talentos em disciplinas científicas e técnicas, ao mesmo tempo em que simplificam processos e aceleram o crescimento a inovação da empresa. “Acreditamos na inovação como forma de atender rapidamente as novas demandas de nossos consumidores e reunimos em nossos centros técnicos os talentos que estão na vanguarda da inovação, com foco em velocidade, eficiência e eficácia”, conta Ackel.

Fábrica de Curitiba terá hub de inovação

Curitiba receberá um dos nove centros técnicos. Estados Unidos, Polônia, Cingapura, Índia, México e China também terão um cada, enquanto o Reino Unido terá dois. “Esses hubs de inovação estão estrategicamente posicionados em todo mundo”, avalia o diretor.

A planta paranaense emprega mais de 3 mil funcionários e atende mais de 600 clientes locais. Além da fábrica, há também um centro de distribuição no estado, localizado em Araucária, região metropolitana de Curitiba, onde são movimentadas cerca de 500 mil toneladas de produtos por mês. “Se considerarmos os encargos recolhidos e a geração de renda ligada ao nosso negócio no estado, a cada ano a Mondelez Brasil injeta na economia paranaense cerca de R$ 500 milhões”, conta Ackel.

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