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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Num discurso duro a uma plateia formada por executivos de montadoras e fornecedores de autopeças, o diretor presidente do Insper, Marcos Lisboa, classificou a indústria automobilística como o setor mais protegido da economia brasileira. Também criticou o apoio de segmentos da sociedade, inclusive do setor, a uma agenda que envolveu protecionismo comercial e controle cambial, levando o país à crise.

“Essa crise não é apenas culpa de um governo incompetente. Toda essa agenda de proteger e fechar a economia, controlar câmbio, nos trouxe até aqui. Essa agenda foi apoiada por diversos setores da sociedade, inclusive vocês”, disse Lisboa, durante discurso em fórum em São Paulo, acompanhado por Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras instaladas no País.

O presidente do Insper também criticou políticas destinadas a induzir o consumo de conteúdo nacional, como o regime automotivo conhecido como Inovar-Auto.”Regras de conteúdo local geralmente não funcionam. Ganhos de competitividade vêm de bens de capital e insumos mais eficientes”, assinalou. “Por que nosso empresário não pode ter acesso ao melhor bem de capital do mundo?”, questionou o economista.

Para Lisboa, a política protecionista gerou uma indústria disfuncional, de fábricas pequenas. O caminho para melhorar a competitividade passa, na avaliação do economista, pela redução da complexidade tributária, assim como pela ampliação da abertura comercial do Brasil.

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