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São Paulo - Sob a ameaça de greve nas fábricas, as montadoras decidiram ontem reabrir as negociações com representes dos metalúrgicos para discutir o reajuste salarial da categoria. O Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) chamou os sindicalistas para uma reunião hoje, às 14 horas, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os metalúrgicos de montadoras paulistas estão em estado de greve desde sábado, quando rejeitaram proposta das empresas de 7% de reajuste salarial.

As negociações envolvem 50 mil metalúrgicos do ABC, Taubaté, Tatuí e São Carlos. Em anos anteriores, as negociações com as montadoras eram sempre as primeiras a chegar a acordos favoráveis aos trabalhadores, servindo de base para as negociações nos outras ramos da indústria metalúrgica. Não foi assim desta vez.

Os cerca de 20 mil metalúrgicos das fábricas paulistas da General Motors conquistaram reajuste de 9%, que representa aumento de 4,52% acima da inflação. Esse também foi o índice conquistado pela maioria dos metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado, em acordos com três das cinco bancadas patronais. Os acordos beneficiam cerca de 195 mil metalúrgicos de setores como autopeças, forjaria e parafusos, fundição, máquinas e eletrônicos, trefilação e laminação de metais ferrosos, entre outros. Na reunião de hoje, os sindicalistas devem reivindicar um índice maior que o obtido na GM para reajustar os salários nas demais montadoras.

Paranaenses

A exemplo do que ocorreu em anos anteriores, no Paraná as reuniões com o sindicato patronal não evoluíram, e os trabalhadores partiram para a negociação individual, empresa por empresa. Os metalúrgicos paranaenses pedem aumento total de 13%, o que corresponde a um reajuste real de 8,4%, mais abono de R$ 3,5 mil.

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