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São Paulo - A agência de classificação de risco Moody’s está revisando a nota de crédito do Brasil, o que pode levar a uma elevação no rating do país para o grau de investimento (ou "investment grade", em inglês). Segundo o diretor regional da empresa para a América Latina, Mauro Leos, a decisão de reavaliar o país veio após a boa resposta da economia ao choque externo provocado pela recessão mundial. "A pronta reação do Brasil à crise mostrou que está mais forte em termos relativos a outros países que possuem até ratings superiores", comentou.

Leos destacou que quando a Moody’s realiza a revisão de rating de um país ocorre uma elevação em 66% dos casos. Se isso de fato ocorrer, o Brasil pode, até outubro, ver elevadas pela instituição as notas relativas à dívida pública em reais e passivo em moeda estrangeira de Ba1 para Baa3 – primeira nota na categoria de grau de investimento.

A Moody’s é a única entre as três grandes agências classificadoras de risco que ainda não conferiu "investment grade" ao Brasil. Em 29 de maio do ano passado, a Fitch Ratings elevou o rating brasileiro de BB+ para BBB-, grau de investimento. A Standard & Poor’s, por sua vez, foi a primeira entre as três maiores agências de rating do mundo a conceder o grau de investimento ao país, ao elevar, em 30 de abril de 2008, a nota brasileira de BB+ para BBB-.

"A condução da política econômica nos últimos anos, sobretudo com inflação sobre controle pelo Banco Central e compromisso com a estabilidade fiscal, foram muito importantes para que o Brasil atingisse o atual estágio econômico que lhe permitiu enfrentar bem o choque externo", comentou. "Em termos comparativos, o Brasil está bem melhor que vários países porque as ações do governo de ordem fiscal e monetária foram rápidas e elevaram a resistência do país, que registrou uma desaceleração do nível de atividade, mas não está passando por uma crise", afirmou.

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