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Insatisfeitos com o acordo fechado na quarta (25) com o governo federal, cerca de cem caminhoneiros autônomos fizeram uma passeata no início da tarde desta quinta (26) no cais do Porto de Santos.

O protesto foi organizado pelo sindicato local da categoria, que afirma não ter sido notificado do acordo com o governo federal. As reivindicações são tabelamento do valor dos fretes e redução do preço do óleo diesel e do pedágio, com a suspensão do pagamento pelos eixos suspensos.

O protesto causou lentidão na rua Augusto Barata, paralela ao cais, e no viaduto do Alemoa, que liga a rodovia Anchieta ao porto. Alguns caminhões que passavam pelos manifestantes buzinavam em apoio. “Nós nem sabemos quem são essas pessoas que fecharam o acordo”, afirma Leandro de Melo, 30, um dos diretores do sindicato. Para ele, é essencial a redução do preço do óleo diesel.

Na noite de quarta (25), o governo federal se comprometeu a manter congelado por seis meses o preço do diesel. “Mas quem garante que daqui a seis meses não vão aumentar de novo?”, questiona o caminhoneiro Leonardo do Nascimento, 36. “Nós queremos um congelamento de pelos menos cinco, seis anos”, diz Denison Alves da Silva, 30.

Para os participantes da passeata, o resultado da negociação de ontem ainda é tímido. “De imediato, a única coisa que vai resolver para nós é a questão do eixo erguido no pedágio. É uma migalha”, diz Sérgio Maia, 53. Maia reclama do preço dos fretes que, segundo ele, não mudam há seis anos, apesar da elevação do preço dos combustíveis e do pedágio.

Outra reclamação é que muitos pontos do acordo estão em aberto. Os caminhoneiros dizem ainda não saber quando entrarão em vigor as novas regras para o pedágio e tabelamento dos fretes, por exemplo.

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