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O brasileiro só vai exigir mais qualidade na aplicação do dinheiro público no momento em que souber o quanto paga em impostos. Foi com essa idéia que o movimento "De olho no imposto" conseguiu coletar 1,56 milhão de assinaturas e entregar ao Congresso um projeto de lei que, se aprovado, obrigará a inclusão do valor dos tributos na nota fiscal de produtos e serviços. O projeto regulamenta o parágrafo 5.º do artigo 150 da Constituição, que prevê que os consumidores devem ser esclarecidos sobre os impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

Foram esses impostos – embutidos em 20% do preço da farinha de trigo e quase 50% da fatura de energia elétrica, por exemplo –, que mais cresceram no Brasil desde a Constituição de 1988. Como, do ponto de vista político, é mais complicado elevar tributos sobre renda e patrimônio – mais facilmente detectáveis pelo cidadão –, os governos preferem mexer nos chamados impostos sobre consumo.

Capitaneado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o "De olho no imposto" tem a companhia do "Quero Mais Brasil", que pede "menos impostos, mais cuidado com o gasto público, mais investimento nos brasileiros, menos corrupção". Com o apoio do instituto de pesquisas independentes Millenium e de figuras conhecidas do público – como o publicitário Washington Olivetto e a dupla Sandy & Júnior –, o "Quero Mais Brasil" aposta em mensagens enviadas pela população e por entidades de classe, que serão encaminhadas a governantes como forma de pressioná-los a "influenciar o país na direção certa". (FJ)

Serviço: www.deolhonoimposto.org.br e www.queromaisbrasil.com.br

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