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O Ministério Público Federal de São Paulo apresentou nesta quarta-feira (14) à noite à Justiça duas denúncias contra 16 pessoas investigadas no caso Cisco, pelos crimes de importação fraudulenta e falsificação. As denúncias são as primeiras resultantes de crimes cometidos por investigados pela Operação Persona, da Polícia Federal.

A operação investiga um esquema de sonegação fiscal que teria deixado de recolher R$ 1,5 bilhão em impostos. Segundo os procuradores Priscila Schreiner e Marcos José Gomes Corrêa, autores da denúncias, as operações de compra e venda realizadas no esquema que envolveria as empresas Cisco e Mude eram simuladas e tinham como objetivo ocultar a real importadora dos produtos, que era a Mude, principal distribuidora dos produtos da Cisco no Brasil.

Denúncias

A primeira denúncia atinge 11 integrantes do grupo Mude, entre eles o ex-presidente da Cisco no Brasil, Carlos Roberto Carnevali - que está preso preventivamente -, e outros dez sócios, diretores e funcionários do grupo Mude e da What´s Up (considerado o setor de importações da Mude), cinco deles também presos.

A segunda acusação foi proposta contra diretores e colaboradores do grupo K/E, que seriam responsáveis pelas empresas laranjas no Brasil; e contra o controlador do grupo S.A.O., que seria responsável pelo desembaraço aduaneiro dos produtos importados.

Ambas as denúncias relatam pelo menos 16 importações fraudulentas realizadas entre 2006 e 2007 e o uso, por 22 vezes, de notas fiscais falsas em operações de compra e venda. As operações fraudulentas do grupo, nos últimos anos, segundo o MPF, totalizaram US$ 370 milhões.

O G1 procurou a Cisco e a Mude para comentarem o assunto, mas não obteve retorno. Em outubro, a Cisco havia afirmado, em comunicado, que "seu planejamento fiscal inclui o respeito às leis, e às práticas tributárias e de importação".

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