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Posto em Curitiba: reajuste chegará às bombas dentro de dez dias | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Posto em Curitiba: reajuste chegará às bombas dentro de dez dias| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A partir de 1º de abril, o preço do litro da gasolina deve subir, em média, R$ 0,10 – ou cerca de 5% – no Paraná. O aumento, previsto pelo Sindicombustíveis, sindicato que representa os postos, é consequência da mudança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado, que passará de 26% para 28% na mesma data.

A alteração no imposto foi sancionada pelo governador Roberto Requião (PMDB) em dezembro do ano passado. O objetivo da chamada "minirreforma tributária", segundo o governo, é beneficiar as classes C, D e E, já que haverá uma redução de alíquotas para 95 mil itens, como medicamentos, alimentos, produtos de higiene e eletrodomésticos.

Em contrapartida, para compensar a perda de receita, a lei aumenta em dois pontos porcentuais o ICMS sobre a gasolina (26% para 28%) e sobre os setores de energia elétrica, telefonia, cigarro e bebidas alcoólicas, para os quais o imposto passa de 27% para 29%.

Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis-PR, explica que hoje o custo do litro do combustível para o revendedor é de R$ 2,12, dos quais R$ 0,88 são referentes ao imposto estadual. "Com a mudança na alíquota, o ICMS subirá para R$ 0,96. Somado com cerca de dois centavos que o aumento na energia elétrica e telecomunicações trará à refinaria, à distribuidora e à revenda, o custo passará para R$ 2,22", detalha.

A alta atinge apenas a gasolina. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) explica que a opção pela manutenção do imposto do álcool e do diesel foi tomada para estimular a produção do derivado da cana-de-açúcar, que é menos poluente, e para que não houvesse impacto no custo do transporte em rodovias.

Petrobras

A alta provocada pelo imposto estadual tem chances de ser contrabalançada por uma redução nos preços praticados pela Petrobras. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal participará de discussões sobre possíveis reduções nos preços dos combustíveis – atualmente, a petroleira cobra valores mais altos do que os praticados no mercado internacional.

Ontem, o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admitiu que a companhia está repondo perdas ocorridas nos anos anteriores, quando não repassou altas consecutivas do petróleo para os preços internos da gasolina e do diesel. Costa não quis revelar o valor destas perdas e nem o prazo necessário para repô-las.

"Pode ser que seja no mês que vem, mais pra frente. Não sei dizer. Espero que não seja muito no longo prazo e acho que não vai ser", disse. Ele ainda completou informando que em fevereiro, quando o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, afirmou que dentro de três ou quatro meses poderia haver um ajuste para baixo nos preços dos dois combustíveis, "o mercado era outro". Desde então o petróleo subiu e o preço do barril ultrapassou os US$ 50.

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