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Lourdes, Alexandre e Bruno no escritório em Curitiba: confiança no mercado sulamericano | André Rodrigues/Gazeta do Povo
Lourdes, Alexandre e Bruno no escritório em Curitiba: confiança no mercado sulamericano| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Projeção

Apesar da concorrência acirrada, Interprint prevê crescer 20% ao ano

A Interprint concorrerá diretamente com outras duas indústrias do mesmo segmento já instaladas no Paraná: a alemã Schattdecor e a austríaca Impress. O plano da multinacional é crescer 20% ao ano nos próximos cinco anos. A diretora-geral comercial e marketing da Interprint, Lourdes Manzanares, diz confiar no retorno do investimento que está sendo feito no Brasil. "O mercado atual está adormecido, mas acreditamos em uma recuperação no segundo semestre de 2015, quando teremos a fábrica em plena operação", afirma. "Nosso investimento é a longo prazo. Estamos convencidos de que a América do Sul será, em breve, protagonista do crescimento mundial", diz o diretor geral financeiro e administrativo Bruno Pereira.

Treinamento

Além de investir em tecnologia e maquinário, a Interprint iniciou um trabalho de qualificação da mão de obra que vai empregar na fábrica. "Nosso primeiro time operacional, formado por nove pessoas, já está contratado e, desde o fim de maio, passa por treinamento na Alemanha", explica o diretor técnico Alexandre Devoglio. Eles retornam em novembro para treinar o restante da equipe, atuando como replicadores do conhecimento adquirido na matriz.

  • Fábrica ficará pronta em dezembro: unidade terá duas linhas de impressão e uma de impregnação

Presente em todo o mundo e com quatro décadas de experiência em impressão, a multinacional alemã Interprint está investindo 31 milhões de euros (R$ 93 milhões) para instalar uma fábrica no Brasil, mais especificamente em São José dos Pinhais, na região de Curitiba. A empresa produz papel decorativo para revestir painéis de madeira e laminados plásticos usados pela indústria moveleira e pelo setor de decoração de interiores. São mais de 6 mil desenhos, de diferentes cores e tonalidades.

A opção pelo Paraná é estratégica, explica a diretora-geral comercial e marketing da Interprint no Brasil, Lourdes Manzanares Irabien. A proximidade com o Porto de Paranaguá e os principais polos moveleiros do país – Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e o próprio Paraná – justificam a escolha do estado. "A região tem uma vantagem logística, tanto de infraestrutura, quanto de deslocamento. Estamos ao lado do mar e do Conesul", diz. "Aproximadamente 95% da produção de painéis decorativos está concentrada entre o triângulo mineiro e o Rio Grande do Sul", completa o gerente de vendas Onei Marques.

A empresa mantém desde 2011, em Curitiba, um escritório que atende toda a América do Sul e que emprega 24 pessoas, entre profissionais brasileiros e estrangeiros. Na gráfica, a previsão é gerar inicialmente 45 vagas de trabalho, podendo chegar a 120 empregos diretos quando a linha de produção estiver operando a todo vapor.

Capacidade

As obras da nova fábrica – a oitava do grupo no mundo – começaram em abril e a previsão é concluir a construção em dezembro. Ao todo, o terreno no bairro Campo Largo da Roseira tem 70 mil m2, com potencial para construir até 28 mil m2. O projeto está dividido em duas fases. Na primeira etapa, que vai até o fim do ano, duas linhas de impressão serão instaladas em uma planta de 11 mil m2. Na fase seguinte, no segundo semestre de 2015, está prevista uma linha de impregnação, processo pelo qual resinas são adicionadas ao papel impresso, deixando-o mais forte, flexível e resistente. No local haverá ainda um showroom para clientes.

"Nosso plano é começar a operar em janeiro de 2015, com uma capacidade de produção de 86 milhões de metros quadrados de impressão por ano. Quando a segunda etapa for concluída, serão mais 40 milhões de metros quadrados de impregnação/ano", afirma o diretor geral técnico Alexandre Devoglio.

Com a fábrica brasileira, a Interprint irá ganhar escala de produção e reduzir o prazo de entrega, dois fatores fundamentais para atender ao mercado. Hoje, tudo que é comercializado a partir de Curitiba vem de navio da Alemanha. "Temos uma boa aceitação do mercado, mas a questão do tempo de entrega dificulta nossa operação hoje. Agora, vamos estar mais próximos do cliente", explica Lourdes. Segundo ela, 50% da produção atenderá ao mercado interno. A outra metade será exportada para países da América Latina, com exceção do México.

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