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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizaram nesta quarta-feira (10) o recuo do governo do presidente interino, Michel Temer, no projeto de renegociação da dívida dos Estados. Para Meirelles, não houve perda de força da equipe econômica.

Nesta terça (9), um dia depois de Meirelles apresentar proposta que proíbe por dois anos os reajustes ao funcionalismo estadual, o governo aceitou alterar o projeto para retirar a restrição e o texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

Meirelles negou que o resultado represente uma derrota para o governo. “Na vida pessoal e profissional, eu tenho um princípio que chama foco no resultado. [...] O importante é que o teto foi aprovado. Essa sim é a contrapartida. Isso é o fundamental”, afirmou.

Questionado sobre se o governo poderia tentar alterar o texto no Senado, Meirelles afirmou que o processo está bem equacionado e que, mesmo com a aprovação do texto atual, os Estados conseguirão fazer o ajuste fiscal.

O ministro Eliseu Padilha disse que não houve “recuo ou derrota de ninguém”. Em almoço com parlamentares, Padilha agradeceu deputados e disse que o resultado da votação na terça-feira representa uma vitória “esplendorosa” capitaneada por Meirelles.

Nordeste

Padilha afirmou que o governo reconhece os problemas fiscais dos estados do Nordeste e que pretende apresentar uma resposta aos governadores em breve. Segundo ele, os ministérios da Fazenda e do Planejamento estão debruçados sobre o assunto. Logo em seguida, no entanto, Padilha afirmou que os limites orçamentários da União também estão muito próximos de estourarem.

“A área econômica foi sensível à reivindicação e está estudando como poderão ser atendidos os estados que estão necessitando de auxilio maior”, disse Padilha.

Os governadores da região recorreram à União e argumentaram que estão com dificuldades financeiras devido à queda dos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE). No início de julho, oseEstados pediram um socorro de R$ 14 bilhões ao Ministério da Fazenda.

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