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A ampliação do limite de compras de dólares pelo Tesouro e a incerteza sobre medidas adicionais do governo para tentar segurar o câmbio impediram mais uma queda da moeda norte-americana nesta quarta-feira (6), após um dia de instabilidade nos negócios. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,682, com alta de 0,42%.

No exterior, o dólar manteve a queda em relação às principais moedas, embora em menor intensidade, por causa da expectativa de que o Federal Reserve dê mais incentivos para a economia dos Estados Unidos. Ao contrário da véspera, porém, o mercado brasileiro não acompanhou a tendência internacional.

Logo cedo, investidores receberam a notícia de que a liquidação de contratos de câmbio teve prazo máximo ampliado de 750 para 1.500 dias. O Ministério da Fazenda confirmou que isso libera o Tesouro para comprar mais dólares no mercado à vista.

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento da alíquota do IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa para 4%, com o objetivo de tentar frear a valorização do real. As ações foram poupadas, mantendo a taxa atual de 2%.

De acordo com o operador de uma corretora, que também não quis ser mencionado, a percepção por alguns investidores de que a taxação vale para fundos multimercados e debêntures contribuiu para a alta do dólar, causando algum impacto após a estreia bastante tímida da nova alíquota, na véspera.

"O pessoal também aproveita para ajustar um pouco. Quem ficou vendido pôe um pouco de dinheiro no bolso", completou, em referência a uma realização de lucros.

A liquidez um pouco menor que na véspera também contribuiu para a maior volatilidade, embora o volume tenha ficado na média das últimas semanas. De acordo com operadores, o fluxo de dólares para o Brasil foi mais intenso na terça-feira por causa da entrada de dólares oriundos do lote suplementar de ações da Petrobras.

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