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A inflação deverá ser a parte boa do noticiário econômico em 2009, segundo define o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.

Ele explicou que a inflação viveu dois momentos distintos ao longo deste ano. Até julho, o IGP-M no acumulado de 12 meses superou a marca dos 15%, acima da taxa de 10% que o mercado esperava para o indicador no fechamento do ano. Isso, de acordo com o coordenador da FGV se deu em um ambiente de elevada "temperatura" econômica e forte aquecimento da demanda por todo o mundo. "Naquele período a China ainda estava consumindo quase todas as commodities produzidas no mundo", destacou Quadros.

No segundo momento, a partir de meados de setembro – quando se registrou o recrudescimento da crise financeira mundial – diminuíram a concessão de crédito, os preços das commodities, o vigor das exportações e, conseqüentemente, a demanda se enfraqueceu. Tudo isso levou a uma descompressão dos preços industriais que se somou à queda dos preços agrícolas.

Na esteira destes acontecimentos, O IGP-M saiu de uma alta de 1,76% para fechar dezembro em queda de 0,13%.

Este segundo estágio da inflação é o que deverá, segundo o coordenador, prevalecer ao longo do próximo ano. Contudo, ele disse que não se deve esperar para o ano que vem uma inflação de 2,45%. "Igual ou abaixo dessa taxa certamente não ficará", previne o economista da FGV.

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