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Visão aérea de Sendai, Japão, após o tsunami de 2011 | U.S. NavyFlick
Visão aérea de Sendai, Japão, após o tsunami de 2011| Foto: U.S. NavyFlick

O recurso de check-in de segurança (”Safety Check”) do Facebook permite que os usuários notifiquem à família e amigos que estão bem logo após a ocorrência de desastres naturais ou ataques que levam o Facebook a ativar a ferramenta. Você já se perguntou o que o Facebook faz com esses dados?

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Nesta quarta-feira (7), a rede social anunciou que vai compartilhar alguns desses dados com organizações de ajuda humanitária – em especial, o UNICEF, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e o Programa Alimentar Mundial – para facilitar a localização das pessoas que precisam de ajuda. Agora, mais organizações e governos podem solicitar o acesso a esses dados.

A empresa lançou o check-in de segurança em 2014, inspirada pelo comportamento de usuários do Facebook após o tsunami e o terremoto que atingiram o norte do Japão em 2011. O compartilhamento de dados anunciado nesta quarta é apenas para organizações de ajuda – o usuário comum do Facebook não verá nada diferente – e pode fornecer ideias valiosas sobre onde os grupos devem enviar suprimentos e outros auxílios.

Como funciona o check-in de segurança do Facebook

"As organizações humanitárias precisam muito de uma visão panorâmica" de áreas afetadas por desastres naturais, disse Molly Jackman, gerente de pesquisa de políticas públicas no Facebook. "Pensamos que o Facebook poderia ajudar a projetar uma imagem mais completa para que as organizações saibam onde os recursos são mais necessários". Os dados podem ser usados para ver como as populações estão se movendo, onde eles estão marcando o check-in de segurança e de que maneiras suas rotinas foram interrompidas.

Há anos a Cruz Vermelha da América vem usando dados multidimensionados para acelerar o auxílio e as informações do check-in de segurança do Facebook formam um dos muitos conjuntos que ela usa para controlar o que está acontecendo em solo, disse Dale Kunce, que supervisiona os dados da organização e projetos de ajuda tecnológica.

A rede social também fornecerá às organizações mapas de densidade de localidades, o que mostrará aonde as pessoas vão em momentos de risco e quando elas retornam para suas casas. As novas ações parecem ser uma extensão da missão global do Facebook para informar e unir comunidades.

Críticas

O recurso check-in de segurança foi criticado no passado. Alguns questionam os critérios que o Facebook usa para decidir quando a ferramenta é colocada em ação. Usuários em Paris puderam usá-lo logo após o atentado de 2015, mas os de Beirute que estavam perto de outro atentado suicida que matou 43 pessoas, apenas alguns dias depois do de Paris, não tiveram acesso ao check-in de segurança.

Jackman disse que as novas ferramentas, juntamente com o check-in de segurança, inicialmente só compartilharão o comportamento dos usuários após desastres naturais, e não durante situações violentas como tiroteios e atentados. Ela disse que é possível que o Facebook compartilhe informações sobre outros tipos de incidentes com os grupos no futuro.

O Facebook disse que está usando dados apenas de usuários que optaram pelo rastreamento da localização e que encara esses dados em conjunto, nunca individualmente. Isso significa, por exemplo, que o Facebook pode dizer como as pessoas em um bairro se dispersaram após uma inundação, mas não especificamente onde o João da Silva foi.

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