• Carregando...
 | Open Grid SchedulerFlickr
| Foto: Open Grid SchedulerFlickr

Nesta segunda-feira (21), a Johnson & Johnson foi condenada nos Estados Unidos a pagar US$ 417 milhões, cerca de R$ 1,3 bilhão, por não ter advertido consumidores sobre o risco de câncer associado ao uso de talco, um dos produtos carro-chefe da marca. As informações são do jornal Los Angeles Times.

LEIA notícias de negócios e tecnologia

SIGA @gpnovaeco no Twitter

A condenação partiu de uma corte de Los Angeles e, de acordo com a publicação, é a maior já feita contra uma empresa farmacêutica. Somente na Califórnia, mais de 300 processos contra a empresa já foram abertos; em todo o país, esse número ultrapassa a marca de 4500.

A vítima indenizada é Eva Echeverría, diagnosticada com câncer nos ovários em 2007 e que garantiu, durante investigação do caso, que usou o mesmo produto durante décadas, desde os 11 anos de idade.

Ainda no ano passado, a empresa foi condenada por dois outros casos semelhantes: Gloria Ristesund, indenizada em US$ 55 milhões após sofrer também de câncer de ovário, e Jackie Fox, falecida pela mesma causa, cuja família recebeu US$ 72 milhões. Ambas as vítimas alegaram ter usado o talco em pó da Johnson & Johnson continuamente por décadas.

Em posicionamento, a empresa garantiu que vai recorrer a decisão do júri norte-americano. Confira a seguir a nota enviada na íntegra:

“O câncer de ovário é um diagnóstico devastador e a Johnson & Johnson se solidariza com as mulheres e famílias afetadas por esta doença. A empresa irá recorrer do veredito de hoje porque se baseia na ciência, que respalda a segurança do talco JOHNSON´S®. Em abril, o Conselho Editorial Médico do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, agência governamental que faz pesquisas relacionada ao câncer, se pronunciou afirmando que 'As evidências não sustentam a associação entre a exposição da região perineal ao talco e o aumento do risco de câncer de ovário'. A empresa está se preparando para novos julgamentos neste ano e continuará defendendo que o produto é seguro.”

Na ação, os advogados de Echeverría apresentaram um estudo, de 1982, que detectou um aumento de 92% nas chances do aparecimento de câncer do ovário em mulheres que usavam o talco em suas partes íntimas. Em vídeo, ela disse que teria parado de usar o produto se houvesse algum tipo de alerta na embalagem.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]