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Cinco anos depois da disseminação dos livros digitais (e-books) no país, o formato ainda não decolou. Em 2016, ele foi responsável por apenas 1,1% do faturamento da editoras nacionais. Eles renderam R$ 42,5 milhões em receita para as editoras, contra R$ 3,8 bilhões das cópias físicas no mesmo período.

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Os números estão no Censo do Livro Digital, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). O estudo foi divulgado nesta quarta (23) e é inédito, por isso não é possível ter uma base de comparação com anos anteriores.  

“Descobrimos que o e-book é mais um canal de leitura. Acredito que para o leitor assíduo. Não vimos aumentar o número de leitores, mas o consumo per capita de quem já lê. De todo modo, o investimento valeu muito a pena”, disse Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel e diretor da Sextante. 

Entre as grandes editoras nacionais, os e-books têm uma fatia maior no faturamento das editores: 4,5%, de acordo com o censo. Mas o número ainda é muito pequeno diante do mundo. Para efeitos de comparação, os livros digitais são responsáveis por cerca de 25% da receita das editoras no Reino Unido. 

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O setor de obras gerais (ficção, não ficção e autoajuda) é o grande motor dos livros digitais no país. Em 2016, 87% dos e-books vendidos eram obras garais. Eles representaram 58% da receita bruta do setor. Em segundo vêm as obras científicas, técnicas e profissionais, com 35% de participação no faturamento.

A pesquisa revela ainda que o catálogo de livros digitais no país tem 49,6 mil títulos. Mas vale ressaltar que o levantamento não levou em conta as plataformas de autopublicação.

A Amazon, por exemplo, não divulga seus números. Para se ter uma ideia, uma pesquisa no Kindle Unlimited, sua plataforma de assinatura, que tem os livros apenas de algumas grandes editoras autopublicados pela Amazon, mostra a existência de 48 mil títulos. 

A empresa americana também não forneceu seus números de faturamento para a pesquisa. 

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