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Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX, Neuralink e, agora, The Boring Company | rlb/dec/kbROBYN BECK
Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX, Neuralink e, agora, The Boring Company| Foto: rlb/dec/kbROBYN BECK

Elon Musk tem (mais) um plano. Na última sexta (28), o empreendedor dono da Tesla, da SpaceX e da Neuralink anunciou a sua nova investida, a The Boring Company. O objetivo é construir uma rede de túneis no subsolo das cidades para transportar carros em vagões elétricos a 200 km/h.

A The Boring Company nasceu no trânsito. Em dezembro de 2016, Musk escreveu no Twitter que “o tráfego está me deixando maluco. Vou construir uma máquina de perfurar túneis e começar a cavar…” Em seguida, profetizou: “Ela deverá se chamar ‘The Boring Company,’” um trocadilho bem sacado – “boring” significa “entediante” em inglês e “boring machine,” máquina de perfuração. E completou: “Eu vou fazer isso, de verdade.” 

Uma jogada de marketing calculada (provável) ou uma ideia espontânea em um momento de tédio parado no engarrafamento, o importante é que, pouco mais quatro meses depois, a The Boring Company foi revelada em uma apresentação do TED Talk. 

Musk confessou que tem gasto pouco do seu tempo diretamente na nova investida, apenas “2% a 3%.” Ela está nas mãos de Steve Davis, engenheiro da SpaceX, que lidera alguns outros funcionários desta que trabalham em meio período e estagiários. 

Na apresentação, Musk disse que espera ter até 30 camadas de túneis na rede da The Boring Company, capazes de acomodar carros convencionais e os do Hyperloop, outro projeto do empreendedor para transportar pessoas dentro de cápsulas em alta velocidade e que, inicialmente, faria isso acima do solo, em plataformas elevadas. 

O vídeo abaixo apresenta a visão de Musk para a The Boring Company:

Dúvidas e críticas

Pairam sobre o projeto dúvidas quanto à sua viabilidade comercial. Perfurar túneis é caro. Musk disse que espera reduzir os custos construindo uma máquina capaz de perfurar e inserir os reforços das paredes ao mesmo tempo. Máquinas tradicionais gastam o dobro do tempo fazendo essas etapas uma de cada vez, dobrando o tempo e aumentando consideravelmente os custos. Outra frente onde a The Boring Company espera reduzir custos “por um fator de quatro ou cinco vezes” com otimizações energéticas e termais. 

A  ideia também suscitou algumas críticas pelo fato dele priorizar carros em detrimento de meios de transporte públicos e de massa. 

Não foram dados prazos e nem se sabe, ainda, se o projeto sairá do papel, mas a The Boring Company já tem site oficial e está à procura de funcionários. No Twitter, a bio de Musk continua dizendo “Tesla, SpaceX, OpenAI & Neuralink”, mas na localização consta, agora, “Boring.” Parece que é para valer.

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