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Atari 2600 com o símbolo do Bitcoin sobreposto. | /Wikimedia Commons
Atari 2600 com o símbolo do Bitcoin sobreposto.| Foto: /Wikimedia Commons

O ano de 2017 colocou as moedas digitais, ou criptomoedas, nas conversas de bar e reuniões familiares. O salto gigantesco do valor do Bitcoin ajudou a destacar outras moedas do tipo, e, para empresas, elas despontaram como uma alternativa para capitalizar sem ter que recorrer aos meios tradicionais — e mais custosos e burocráticos.

Algumas empresas famosas, que já tiveram dias melhores, anunciaram suas próprias moedas na esperança de recuperar relevância e valor de mercado. Veja algumas delas.

Kodak

A Kodak, que era quase sinônimo de fotografia quando isso ainda envolvia laboratórios e processos químicos, anunciou durante a CES 2018, no início de janeiro, a KODAKCoin, uma criptomoeda direcionada a fotógrafos.

A ideia da KODAKCoin é servir de moeda na plataforma KODAKOne, que facilita o licenciamento de fotos digitais por fotógrafos profissionais. A oferta inicial de moedas (ICO, na sigla em inglês) estava marcada para o dia 31 de janeiro, mas foi adiada. A KODAKCoin usará a plataforma de blockchain Ethereum.

Após o anúncio da sua criptomoeda e de uma máquina para minerar Bitcoins, as ações da Kodak chegaram a triplicar de valor.

Atari

Uma das empresas pioneiras dos videogames, a Atari, sediada em Paris, anunciou que lançará sua própria criptomoeda, o Atari Token. Ela é fruto de uma participação na Infinity Network, empresa de Gibraltar que está criando uma plataforma de entretenimento digital baseada em blockchain. A aquisição não envolveu dinheiro; a Atari emprestou o nome em troca de 15% de participação na Infinity Network.

Em nota, Fred Chesnais, CEO da Atari, disse que “a tecnologia blockchain tem tudo para ocupar um lugar importante em nosso ambiente e transformar, quiçá revolucionar, o atual ecossistema econômico, especialmente em áreas como a indústria dos videogames e as transações online”. Apesar da confiança, pouco se sabe até o momento a respeito do Atari Token e da blockchain da Infinity Networks.

Telegram

O Telegram, com seus super grupos, chatbots e quase 200 milhões de usuários, é a plataforma preferida de quem tem interesse em debater criptomoedas. Aproveitando essa posição e de olho em uma expansão maciça, a empresa desenhou um ambicioso plano para ter a uma criptomoeda, batizada de Gram, e uma blockchain próprias. As informações foram divulgadas pelo blog TechCrunch.

Na primeira fase da oferta inicial da Gram, fechada apenas para convidados, a previsão, que inicialmente era de levantar US$ 600 milhões, foi revisada para US$ 850, segundo a Bloomberg. Considerando a oferta pública, que começa em março, o Telegram espera arrecadar US$ 2 bilhões com sua criptomoeda, que só chegará ao mercado de fato em 2019 — o que os investidores compram hoje são contratos que garantem o direito de receberem Grams quando eles começarem a ser negociados.

Precisa ter uma criptomoeda?

Algumas empresas aproveitaram a onda de criptomoedas da maneira mais simples possível: apenas incorporando nomes relacionados à área, como “blockchain”, em seus próprios.

O primeiro e mais famoso caso do tipo é o da Long Island Iced Tea, uma fabricante de chás norte-americana que, em janeiro, anunciou que trocaria o nome para Long Blockchain e que buscaria parcerias ou investimentos em empresas que estejam desenvolvendo blockchains.

O anúncio fez disparar o valor das ações da Long Blockchain em quase 300%.

A estratégia foi, então, copiada por outras empresas de vários segmentos. A Bloomberg compilou algumas dessas, que vão de fabricantes de sutiãs esportivos a provedores de vídeo sob demanda, passando por fabricantes de sucos e de cigarros eletrônicos.

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