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Renderização do avião supersônico da Boom em pleno ar. | Boom Supersonic/Divulgação
Renderização do avião supersônico da Boom em pleno ar.| Foto: Boom Supersonic/Divulgação

A empresa chinesa Ctrip, especializada em viagens e com sede em Xangai, anunciou um investimento na Boom Supersonic, de Denver, nos Estados Unidos, que está tentando criar aviões supersônicos comercialmente viáveis. O valor do investimento não foi informado.

A Boom está desenvolvendo aviões que prometem reduzir pela metade o tempo de voo da China para os Estados Unidos, Sul da Ásia e Oceania. Com essa aeronave, o tempo de voo de Xangai a Los Angeles, que atualmente é de cerca de 12 horas, diminuirá para pouco mais de seis horas no avião da Boom voando a Mac 2,2, ou seja, 2,2 vezes a velocidade do som, algo em torno de 2.695 km/h. Nas estimativas da empresa, os primeiros aviões do tipo entrarão em operação na metade da década de 2020.

O mercado chinês, agora o segundo maior do mundo e um dos que mais crescem, deverá ultrapassar os EUA em tamanho até 2022, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo.

“A Ctrip está fazendo um investimento estratégico para a próxima geração de viagens”, disse James Liang, co-fundador e presidente executivo da empresa, em comunicado. A maior agência de viagens online da China planeja diversificar os negócios para “tudo relacionado a viagens” e globalização.  

O avião desenvolvido pela Boom é capaz de transportar 55 passageiros,  duas vezes mais rápido que qualquer avião tradicional que leve pessoas.

A Boom Supersonic, que tem entre outros investidores empresas como 8VC, RRE, Lightbank e Y Combinator, captou até agora US$ 85 milhões e já tem contratos fechados com a Virgin e a Japan Airlines. A meta da Boom é operar o primeiro voo em 2023, com um custo acessível para as pessoas.

Essa não é a primeira tentativa de operar um avião supersônico em voos comerciais. Entre 1965 e 1978 foi produzido o Concorde, avião supersônico que foi operado principalmente pela British Airways e Air France. No entanto, o custo de fabricação e problemas ambientais, como elevado ruído ao ultrapassar a barreira do som e a poluição atmosférica, fizeram com que a operação e fabricação ficassem inviáveis comercialmente. O avião saiu de operação em 2003. 

Além da Boom, outras empresas como a Spike Aerospace e a Aerion (em parceria com a Lockheed martin) também tentam retomar a aviação comercial supersônica.

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