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Edge para iPhone e Android | Microsoft/Divulgação
Edge para iPhone e Android| Foto: Microsoft/Divulgação

A Microsoft anunciou hoje (5), em caráter de testes, uma versão do seu navegador Edge para iPhone. A do Android também está nos planos e deve ser lançada em breve. O Edge sucedeu o Internet Explorer no Windows 10, para computadores e tablets, e no Windows 10 Mobile, ambos lançados no segundo semestre de 2015.

A novidade está alinhada com a atual estratégia móvel da Microsoft, definida pelo CEO Satya Nadella desde que ele assumiu o comando, em 2014. Em vez de apostar em seu próprio sistema operacional, o Windows Phone/10 Mobile, a empresa passou a desenvolver aplicativos e soluções para os rivais mais populares, Android do Google e iPhone da Apple. 

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A princípio, a versão de testes do Edge para iOS só está acessível a residentes dos Estados Unidos. Usuários de Android do país podem entrar em uma lista de espera para testar a solução. Outra exigência é estar usando uma versão de testes da atualização de fim de ano do Windows 10, prevista para ser liberada a todos os usuários, inclusive brasileiros, a partir de 17 de outubro. 

O Edge para iOS e Android permite sincronizar favoritos, lista/modo de leitura e a página de novas abas com a versão para computadores e tablets com Windows 10. Ele também é compatível com o “Continue no PC”, um modo que permite enviar para o computador sites que estão sendo visualizados no celular e vice-versa. 

Poucos diferenciais, grandes desafios 

Os diferenciais param por aí. No iOS, a Apple impede que desenvolvedores terceiros usem motores de renderização de páginas diferentes do seu padrão, o WebKit. Numa analogia automobilística, é como se todos os navegadores presentes no iOS pudessem usar apenas um motor, o fornecido pela própria Apple. (A Microsoft adotou a mesma estratégia com o Windows 10 S.) 

Assim, o EdgeHTML, motor de renderização da Microsoft, ficará restrito a computadores e tablets com Windows 10. No Android, embora não haja restrição similar, a empresa adotará o motor Blink, que o Google usa no Chrome. Em entrevista ao site VentureBeat, Joe Belfiore, vice-presidente corporativo do grupo de sistemas operacionais da Microsoft, disse que a opção se deve pela empresa “acreditar fundamentalmente que um motor de renderização web deve ser feito de modo a tirar vantagem da sua plataforma”. 

Alguém usaria o Edge, pois, para conseguir sincronizar a experiência de navegação web entre celular e computador, algo que Apple e Google já oferecem com Safari e Chrome, respectivamente. O desafio da Microsoft é difícil porque a penetração do Edge é pífia: segundo o StatCounter, em setembro de 2017 o navegador era usado por apenas 4,3% dos usuários de computadores do mundo e o Windows 10, segundo dados da própria Microsoft, atualmente está presente em 330 milhões de dispositivos ativos. 

O Edge para dispositivos móveis será gratuito e exigirá pelo menos a versão 10.2 do iOS e 4.4 do Android. Ainda não há previsão de lançamento da versão final. 

Launcher para Android 

Microsoft Launcher para AndroidMicrosoft/Divulgação

Além do Edge, a Microsoft também anunciou o Microsoft Launcher para Android. Trata-se de um aplicativo que substitui a interface do sistema, altera ícones e traz recursos exclusivos de outros apps e soluções da empresa para qualquer smartphone rodando Android. A Apple não permite esse tipo de software no iOS. 

As principais diferenças para launchers nativos das fabricantes de smartphones são acrescentar atalhos de pessoas à tela inicial; um painel de eventos, notícias, atividades e apps mais usados à esquerda da tela inicial; e gestos especiais para navegar pelas telas do sistema. Ele também é compatível com o “Continue no PC”, permitindo a troca fácil de fotos, documentos, e-mails e outros conteúdos entre celular e computador. 

O Microsoft Launcher está disponível em modo beta, inclusive no Brasil, e exige Android 4.0.3 e um registro na loja de apps do Google antes de ser baixado.

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