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| Foto: Fotos Públicas/Allan White

O WhatsApp acumula multa bilionária por descumprir ordem judicial que o obrigava a colaborar com a Polícia Federal (PF) na Operação Malote. A empresa deveria ter repassado à PF conversas trocadas via o aplicativo de mensagens e, como não fez, foi multada pela Justiça. As multas se acumulam há meses e já chegam, segundo a PF, a R$ 2,1 bilhões.

A Polícia Federal deflagrou há cerca de dois anos e meio a Operação Malote para investigar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas sediada em Umuarama, no interior do Paraná. Como a quadrilha se comunicava pelo WhatsApp, a PF pediu à Justiça que determinasse que o aplicativo colaborasse com as investigações, fornecendo os conteúdos das conversas e permitindo que a polícia monitorasse as conversas.

A Justiça de Umuarama acatou o pedido da PF e determinou que o Whatsapp colaborasse com a polícia. Mas, segundo os investigadores que acompanham o caso, a empresa descumpriu a ordem judicial e uma multa passou a incidir diariamente por causa do descumprimento.

Como essa multa já foi aplicada há meses, ela soma, atualmente, R$ 2,1 bilhões, ainda segundo a Polícia Federal. Questionada pela reportagem, a Justiça Federal afirma que apenas que “a operação Malote está em segredo de Justiça” e que não vai confirmar as informações nem dar mais detalhes do caso.

Operação

Na manhã desta sexta-feira (28), a PF deflagrou a Operação Malote, que desarticulou a quadrilha que tinha base na cidades de Umuarama e uma forte ramificação em Atibaia (SP). O grupo era responsável em enviar drogas para o Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e estados Nordeste brasileiro. O suposto líder da quadrilha que dizia ser garimpeiro mora em Umuarama. Ele foi preso junto com a namorada, o pai e uma irmã. As investigações foram conduzidas pela delegacia da PF em Cascavel.

As investigações que culminaram com a operação desta sexta-feira foram iniciadas há dois anos e meio e, neste período, aconteceu a maior apreensão de maconha da história no país. Foi em novembro de 2015 quando foi apreendido um caminhão bitrem, em Guaíra, transportando 24 toneladas da droga.

A Operação Malote foi desencadeada no Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Os policiais cumpriram 40 mandados de busca e apreensão, 29 de prisão preventiva, 5 de prisão temporária e 12 de condução coercitiva. Mais de 70 relógios de marcas famosas foram apreendidos, além de carros de luxo e outros materiais. Uma das casas utilizada pela quadrilha está avaliada em R$ 3 milhões.

Entre as pessoas que tiveram a prisão decretada, estão um policial militar e um vereador do Mato Grosso do Sul.

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